Construção com sinais de retoma

16:16 - 05/01/2015 NACIONAL
Crise na Construção com sinais de abrandamento

Ao longo de 2014, os empresários da Construção, demonstraram confiança numa recuperação da atividade do Setor, perspetivando uma situação mais favorável quanto à carteira de encomendas, ao emprego e à situação financeira das empresas.

De acordo com a mais recente análise de conjuntura da FEPICOP- Federação Portuguesa da Indústria da Construção, as contas nacionais trimestrais relativas ao terceiro trimestre de 2014 ainda apontam para a manutenção da evolução desfavorável do Setor, mas confirmam que a contração da Construção se foi tornando menos intensa ao longo do ano, traduzindo um abrandamento da crise. Nesse sentido, os indicadores quantitativos disponíveis têm mantido uma tendência de quebra, embora mais moderada do que em 2013. Na construção nova de habitação, o número de fogos licenciados registou, nos primeiros nove meses de 2014, uma quebra de 13,6% face ao mesmo período do ano passado (-34% em 2013) e a área licenciada foi inferior em 13,7% à licenciada um ano antes (-30% em 2013). Também o licenciamento relativo à reabilitação de edifícios habitacionais apresentou uma diminuição homóloga de 6,1% (-23,5% em 2013) e o referente à construção nova de edifícios não habitacionais, uma redução de 3,9%. No terceiro trimestre do ano, a Construção empregava cerca de 283 mil pessoas, mais 18,5 mil do que nos três meses anteriores, mas ainda assim o número de desempregados com origem no Setor atingia os 78 mil no final de setembro. No mercado das obras públicas, o montante das obras lançadas nos primeiros nove meses do ano caiu 6,1%, enquanto o valor das obras contratadas aumentou 34,1%. De salientar que o montante de crédito bancário concedido ao Setor manteve, até setembro, uma trajetória negativa, tendo diminuído para um valor inferior a 16 mil milhões de euros nesse mês, ou seja, menos 5,5 mil milhões do que o stock de crédito apurado no mesmo mês de 2012. Simultaneamente, nos últimos dois anos, o peso do crédito mal parado no total do crédito concedido ao Setor aumentou de 18% para 28%.

 

Por: AECOPS