A ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, através do seu Núcleo do Algarve, defende a concessão de subsídios diretos ao emprego e o acesso a moratórias fiscais e de crédito para as empresas algarvias, de modo a minorar o forte impacto socioeconómico da pandemia de covid-19 na região.
Estas são as principais medidas que a ANJE gostaria de ver incluídas no Plano Especial de Recuperação do Algarve, conforme deu conta numa reunião realizada ontem, 14 de julho, na Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), em Faro. O encontro juntou a Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, o Secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, e representantes de organismos públicos da região e de associações empresariais locais.
“Como destino turístico por excelência, o Algarve está a ser fortemente penalizado pela pandemia de covid-19. Justifica-se, por isso, a adoção de medidas excecionais que, numa primeira fase, protejam as empresas e o emprego e, posteriormente, preparem a recuperação económica do Algarve. Neste sentido, apresentámos um conjunto de propostas para mitigar as dificuldades de tesouraria das empresas, salvaguardar postos de trabalho e relançar o investimento”, explica o vice-presidente da ANJE, Hugo Vieira, que representou a Associação na reunião da AMAL. “A ideia é apoiar o tecido económico e social do Algarve sem esquecer que, desta forma, se está em simultâneo a promover a retoma do país, considerando o peso da região no PIB nacional, quase 5%”, acrescenta o mesmo responsável.
Para apoiar o tecido empresarial algarvio a fazer face às consequências económicas da crise pandémica, a ANJE propõe que as empresas beneficiem de um subsídio direto de três IAS (Indexante dos Apoios Sociais) por colaborador, desde que estas registem quebras de faturação iguais ou superiores a 20% e se comprometam a não efetuar despedimentos até ao final do ano. Além disso, a Associação defende o estabelecimento de uma moratória nos pagamentos de IVA e IRS até ao final do ano, sendo o valor em dívida saldado em 24 prestações mensais sem juros a partir de janeiro de 2021. Por fim, a ANJE considera que devem ser alargadas, até setembro de 2021, as moratórias de créditos de empresas anteriores à pandemia.
Em abril deste ano, a ANJE fez chegar ao Governo um documento com medidas de apoio às empresas, do qual constavam as propostas agora defendidas para a região do Algarve. Refira-se que todas as medidas elencadas no documento, e consequentemente as que foram apresentadas na reunião da AMAL, resultaram de uma consulta direta a empresas, realizada pelo Gabinete de Crise que a ANJE criou para apoiar os seus associados e o empresariado em geral durante a crise pandémica.
O Núcleo do Algarve é um dos cinco núcleos regionais da ANJE (os outros são: Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo), a partir dos quais a Associação apoia de perto e com conhecimento circunstanciado o tecido empresarial das principais regiões do país.
Por: Publituris