Pandemia tira mais de 1.000 euros por mês aos profissionais da construção civil

11:12 - 08/07/2020 ECONOMIA
Quebras médias no rendimento mensal devido à crise. E um quarto dos profissionais está sem trabalhar, segundo um inquérito da Fixando.

As obras nunca pararam em Portugal devido à Covid-19, mas os profissionais do setor da construção civil dizem-se muito afetados pela crise gerada pela pandemia.

 A maioria (62%) fala de ter registado quebras no rendimento mensal na ordem dos 1.000 euros, sendo que em média, cada profissional perdeu 1.365/mês por mês, segundo um inquérito levado a cabo pela Fixando, entre os dias 22 de junho a 2 de julho.
 
O inquérito mostra ainda que 24% dos profissionais estão sem trabalhar, devido ao abrandamento que se verifica no mercado, ou seja, em junho houve menos trabalho ainda que em abril e maio e que os trabalhos de hoje são bem mais pequenos que o habitual, segundo um comunicado da plataforma.
 
A Fixando revela ainda que observou um crescimento na procura de serviços relacionados com a construção, na ordem dos 38% no segundo trimestre de 2020 quando comparado com o mesmo período em 2019.
 
Os serviços mais procurados na área da construção, segundo a mesma fonte, foram a Certificação Energética, Serviço de Limpeza, Jardinagem e Relvados, Remodelações e Construção, Estofadores e Pintura.
 
«Estes resultados, revelam, por um lado, o crescimento da procura de serviços tradicionalmente mais pequenos, com um custo por hora superior ao dos projetos maiores e, por outro, a transição abrupta para o digital e a emergência das plataformas de contratação de serviços como alternativa às formas de negócio habituais.

Ainda que este modelo de negócio não seja adotado por muitos dos profissionais ligados à construção, frequentemente mais inflexíveis perante o digital quando comparados com profissionais de outras áreas, verificamos no online uma esperança para a recuperação deste setor de negócios e também uma oportunidade para novos negócios, mais seguros e com maior volume monetário», analisa Alice Nunes, diretora de Desenvolvimento de Negócio da Fixando, citada na mesma nota de imprensa.

 

Por: Idealista