Mais taxas? Não, obrigado… para já, queremos a REPOSIÇÃO do IVA

09:51 - 12/11/2014 ECONOMIA
Este setor não pode ser a fonte de receita dos municípios, ou do governo

A Direção da AHRESP, em reunião ordinária, e em representação dos seus milhares de Associados a nível nacional, e das centenas de Associados do setor do Alojamento que representa, na cidade de Lisboa, apela ao bom senso dos decisores políticos.

Na nossa secular experiência, e em época de negociação dos orçamentos, estamos habituados a assistir às pressões económicas e financeiras, caraterísticas das dificuldades que os governos, as autarquias e todas as entidades públicas e privadas enfrentam.

Por isso, o bom senso tem que se sobrepor sobre “a casa sem pão…”.

As propostas e os facilitismos da cobrança de receitas fiscais, não se podem impor à razoabilidade, e à responsabilidade, de quem governa, e decide.

No espaço económico global, o Turismo é a atividade económica mais fortemente sujeita à competitividade e à concorrência internacional.

A AHRESP sempre alertou para as euforias das “estatísticas das dormidas e das chegadas aos aeroportos e portos”.

O Turismo, ou seja a “galinha dos ovos de ouro”, não é só dormidas e chegadas aos aeroportos e portos.

 O Alojamento só representa 21,3% das receitas turísticas;

 O Alojamento que tem 50% da sua capacidade instalada vazia, ou seja sem ocupação, e que vende a preços inferiores a todos os seus concorrentes internacionais e de idêntica notoriedade, não pode ser penalizado só porque tem uma taxa de IVA inferior à da Restauração.

Por exemplo, só o setor da Restauração em Portugal, que tem o imposto mais elevado da zona Euro, com a taxa de IVA a 23%, representa 52,8% das receitas Turísticas, 76,4% do total das empresas e 87,6% dos empregos no Turismo.

E mesmo assim, e infelizmente, no último ano, acabámos de perder mais 12.200 postos de trabalho, conforme informa o INE.

Por todas estas razões, a que se acrescem as condicionantes legais, que não permitem cobranças de taxas como impostos, a AHRESP após reunir com todos os Grupos Parlamentares, aguarda as reuniões que está a

agendar com o Governo e com o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a fim de decidir, calma e ponderadamente, sobre todas estas problemáticas.

 

Por:  AHRESP