Ricardo Bruno e Hugo Santos
HUGO SANTOS TRICAMPEÃO | Açores PGA Open

20:58 - 26/10/2014 ATUALIDADE
PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO BATEU TIAGO CRUZ POR 1 ÚNICA PANCADA NO BATALHA GOLF COURSE E MANTEVE VIVA A LUTA PELA 1ª POSIÇÃO DA ORDEM DE MÉRITO DA PGA DE PORTUGAL

Hugo Santos, de 34 anos, conquistou pela primeira vez na sua carreira um mesmo torneio em três anos consecutivos, ao sagrar-se hoje (Domingo) tricampeão do Açores PGA Open, cuja 3ª edição distribuiu 6 mil euros em prémios monetários, no Batalha Golf Course, em São Miguel, sob o patrocínio da Associação de Turismo dos Açores, da Sata e o apoio da Azores Golf Islands.

Pelo segundo ano seguido, Hugo Santos bateu por 1 única pancada Tiago Cruz, desta feita com um agregado de 140 pancadas, 4 abaixo do Par, depois de uma excelente última volta de 67 (-5), o seu melhor cartão de sempre na prova.

Essas 67 pancadas, 5 abaixo do Par, valeram-lhe o prémio da Global Newspapers para a melhor volta do torneio e na história de três edições da competição só Tiago Cruz fez melhor, com um 66 (-6) na segunda jornada de 2013.

A melhor volta do torneio valeu ao antigo campeão nacional um prémio simbólico de 50 euros, mas bem mais importante foi o prémio monetário da vitória de 1.150 euros, cabendo a Tiago Cruz 750 pelo 2º lugar.

Hugo Santos era obrigado a ganhar para manter vivas as suas hipóteses matemáticas de lutar pelo posto de nº1 da Ordem de Mérito da PGA de Portugal em 2014, depois de tê-lo sido em 2011, 2012 e 2013.

«Pensei nisso esta semana e é claro que é sempre bom ganhar, mas sei que esse é um objetivo mais difícil de alcançar, porque o Tiago tem uma grande vantagem, mas é claro que irei lutar até ao fim», disse Hugo Santos, que soma agora 5.194 euros, enquanto Tiago Cruz, o nº1, elevou a fasquia para 6.130.

A rivalidade tem sido intensa este ano no PGA Portugal Tour, com Tiago Cruz a vencer o Campeonato Nacional e o Open da Ilha Terceira, enquanto Hugo Santos triunfou no Estoril PGA Open, na Taça PGA de Portugal Betterball (em pares) e agora nos Açores.

No conjunto de todos os circuitos, Hugo Santos somou o seu 5º título da época, pois já tinha arrebatado 2 logo no início, no Algarve Winter Tour, e, mais recentemente, há uma semana, o Europeu de profissionais de Clube, o UniCredit PGA Championship of Europe, na Bulgária, onde se impôs pela 3ª vez em quatro anos.

«Estou a atravessar uma boa fase e agora vem aí uma prova muito importante para mim, a Segunda Fase da Escola de Qualificação do European Tour, e já decidi que vou jogar a Tarragona, um campo que conheço porque já lá joguei um torneio de pares da PGA da Europa», disse.

 

Francisco Costa Matos passa a “Pro”

O 3º lugar do Açores PGA Open foi para o amador açoriano Francisco Costa Matos, que ontem partilhava a liderança com o campeão nacional Tiago Cruz aos 18 buracos, com 70 (-2) e que hoje voltou a jogar bem, em 73 (+1).

O jovem micaelense sofreu apenas 2 bogeys mas também só carimbou 1 birdie e hoje levou muito público local atrás de si.

Francisco Costa Matos estava, ao mesmo tempo, a fazer o exame prático de acesso à PGA de Portugal, o “Playability Test” e passou-o com distinção, podendo tornar-se profissional e ócio da PGA de Portugal quando desejar, estando previsto que aconteça já em novembro.

Na cerimónia de entrega de prémios, Diana Valadão, administradora das Ilhas de Valor/Azores Golf Islands, agradeceu à PGA de Portugal a atribuição «de convites aos amadores, proporcionando-lhes experiência competitiva» e José Correia, presidente da PGA de Portugal, deu o exemplo de Francisco Costa Matos: «No ano passado, tentaste o teste e falhaste. Ainda bem que és persistente. Bem-vindo à PGA de Portugal».

Como Francisco Costa Matos ainda é amador, o prémio monetário do 3º lugar, de 700 euros, foi entregue ao 4º, Miguel Gaspar, que terminou a Par do campo e que há um ano se estreou neste mesmo torneio como profissional.

 

Um front nine que decidiu o título

Dos três títulos de Hugo Santos no Batalha Golf Course, este foi o mais complicado, por vir de trás: «Parti a 3 pancadas dos da frente, mas acreditei sempre que poderia dar a volta ao resultado e ainda mais com o começo que tive, de 4 birdies nos quatro primeiros buracos».

O front nine foi, efetivamente, decisivo, porque o irmão mais velho de Ricardo Santos fez 5 birdies nos primeiros 7 buracos, com apenas 1 bogey (no 6), saltando para a frente da classificação.

Tiago Cruz, que jogava no último grupo com Francisco Costa Matos e Miguel Gaspar só tomou conhecimento de que estava a ser alvo de um ataque de Hugo Santos ao dobrar os primeiros 9.

O campeão nacional também arrancou bem, com birdies no 1, 3 e 4, mas deixou-se apanhar ao sofrer bogeys no 5 e no 8.

A passagem de testemunho na liderança deu-se com o birdie do profissional da Oceânico Golf no 11. Os últimos sete buracos foram emocionantes, com os dois rivais a correrem tudo a Par, mas ambos com várias hipóteses de birdie, designadamente Tiago Cruz que assistiu impotente a 3 “gravatas” no back nine.

O top-nine final do 3º Açores PGA Open, após 36 buracos ao Batalha Golf Course, em dois dias de sol, calor e sem vento, ficou ordenado do seguinte modo:

 

1º Hugo Santos (Unique Properties), 140 (73+67), -4, €1.150.

2º Tiago Cruz (Banco BIG), 141 (70+71), -3, €750.

3º Francisco Costa Matos (VerdeGolf Country Club), 143 (70+73), -1, amador.

4º Miguel Gaspar (Belas Club de Campo), 144 (72+72), Par, €700.

5º André Medeiros (Azores Golf Islands), 148 (78+70), +4, €650.

6º Pedro Figueiredo (MEO), 149 (72+77), +5, €600.

7º Gonçalo Pinto (HILTI), 151 (74+77), +7, €550.

8º Nelson Cavalheiro (Oceânico Golf), 153 (77+76), +9, €475.

8º António Sobrinho (Nike), 153 (77+76), +9, €475.

 

 

Fotos: Ricardo Lopes/PGA de Portugal.

Por: PGA DE PORTUGAL