Mais um ano letivo que se iniciou com toda a “normalidade”. Normalidade a que este Governo e este Ministério da Educação e Ciência nos habituaram…
Hoje, dia 26 de Setembro, a Direção Distrital de Faro do Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS), membro da FENPROF, faz um balanço muito negativo, deste início de ano letivo, no distrito de Faro, como acontece um pouco por todo o país. Damos alguns exemplos do retrato da situação no Algarve:
● Há falta de professores em vários grupos de recrutamento:
- agrupamento de escolas Dr. Francisco F. Lopes, Olhão – 19 professores;
- agrupamento de escolas Padre Coelho Cabanita, Loulé – 19 professores;
- agrupamento de escolas Silves Sul, Armação de Pêra – 15 professores;
- agrupamento de escolas de Silves, Silves – 15 professores;
- agrupamento de escolas Pinheiro e Rosa, Faro – 13 professores;
- agrupamento de escolas de Alcoutim, Alcoutim – 11 professores.
● Há falta de funcionários:
- agrupamento de escolas Dr. Jorge Augusto Correia, Tavira;
- agrupamento de escolas D. José I, VRSA;
- agrupamento de escolas de Montenegro, Faro;
- agrupamento de escolas Tomás Cabreira, Faro;
- agrupamento de escolas de Aljezur, Aljezur.
● há ilegalidades na constituição de turmas que integram alunos com NEE (alunos com Necessidades Educativas Especiais inseridos em turmas sem redução):
- agrupamento de escolas de Aljezur, Aljezur;
- agrupamento de escolas D. Afonso III, Faro;
- agrupamento de escolas Pinheiro e Rosa, Faro;
- agrupamento de escolas Padre António M. Oliveira, Lagoa;
- agrupamento de escolas D. Dinis, Quarteira;
- agrupamento de escolas Dr. Alberto Iria, Olhão;
- agrupamento de escolas Dr. Francisco F. Lopes, Olhão;
- agrupamento de escolas Silves Sul, Armação de Pêra;
- agrupamento de escolas de Silves, Silves;
- agrupamento de escolas D. José I, VRSA;
- agrupamento de escolas Vila do Bispo, Vila do Bispo;
- agrupamento de escolas Gil Eanes, Lagos;
- agrupamento de escolas Júlio Dantas, Lagos.
- agrupamento de Escolas de Silves
● Há falta de docentes de Educação Especial:
- agrupamento de escolas de Castro Marim, Castro Marim;
- agrupamento de escolas Júlio Dantas, Lagos;
- agrupamento de escolas Pinheiro e Rosa, Faro;
- agrupamento de escolas D. Dinis, Quarteira;
- agrupamento de escolas Dr. Francisco F. Lopes, Olhão;
- agrupamento de escolas Silves Sul, Armação de Pêra.
● há falta de técnicos para apoio aos alunos com NEE:
- agrupamento de escolas Júlio Dantas, Lagos.
Este é o caos causado por políticas educativas erradas, por políticas que deliberadamente prejudicam os alunos que frequentam a Escola Pública.
É inadmissível que o MEC continue a insistir em concursos de escolas quando a confusão gerada é prejudicial para milhares de docentes e alunos.
Hoje está mais do que provado que o concurso nacional com base num critério único, a graduação profissional, considerado o menos imperfeito de todos, é o sistema mais funcional na colocação de professores.
Mas os problemas de anos anteriores persistem, nomeadamente:
- aulas em contentores por causa de obras que tardam em terminar (Escola Secundária João de Deus, em Faro; Escola Secundária de Loulé);
- escolas em que as obras só se iniciaram no mês de setembro (Escola Secundária de Silves);
- escolas em que não foi retirado o amianto durante a interrupção letiva do Verão, como prometeu o Sr. Ministro Nuno Crato (agrupamento de escolas Dr. Francisco F. Lopes, em Olhão; agrupamento de escolas de Silves);
- escolas em que foi retirado apenas parte do amianto existente, mais concretamente, nos locais mais visíveis (agrupamento de escolas D. José I, VRSA; agrupamento de escolas Dr. Alberto Iria, Olhão; agrupamento de escolas Padre Coelho Cabanita, Loulé; agrupamento de escolas D. Dinis, Quarteira; agrupamento de escolas Padre António M. Oliveira, Lagoa; agrupamento de escolas de Montenegro, Faro; agrupamento de escolas de Castro Marim; agrupamento de escolas D. Afonso III, em Faro).
O Sr. Ministro Crato pediu desculpas aos professores, aos pais e ao país mas os professores, os pais, os alunos e todos os cidadãos não se governam com desculpas, governam-se com outras políticas para Portugal e a forma mais honrada é a demissão deste governo.
É isso que os professores irão exigir no Dia 5 de Outubro: políticas educativas que defendam os professores e os alunos e uma Escola Pública, de qualidade, gratuita, democrática e inclusiva para todos!
Faro, 26 de Setembro 2014
A Direção Distrital de Faro do SPZS