CÂMARA MUNICIPAL DE FARO QUESTIONA ALGAR SOBRE A LOCALIZAÇÃO E A ESCOLHA DOS «NOVOS ECOPONTOS» COLOCADOS EM FARO

09:44 - 28/05/2018 FARO
A Câmara Municipal de Faro oficiou hoje a empresa ALGAR - Valorização e Tratamento de Resíduos SA, em protesto contra o processo em curso de colocação de novos ecopontos na cidade.

Para além da estética ultrapassada e da reduzida funcionalidade dos modelos escolhidos, a nova localização destes depósitos de superfície, na maioria dos casos, desrespeita a mobilidade urbana, pedonal e até automóvel.

Em algumas situações, os passeios ficaram vedados à circulação pedonal; em outros, sacrificam-se lugares de estacionamento; noutros ainda é a visualização do próprio património que fica comprometida. Em comum, há uma completa inadequação dos equipamentos à circunstância concreta de cada bairro / rua onde foram colocados. Isto acontece com particular gravidade em artérias vitais como a Av. 5 de Outubro, o bairro da Penha, o cruzamento da Praceta Lyster Franco com a Rua Ventura Coelho, a Rua Libânio Martins ou as traseiras da Igreja de São Pedro, entre diversas outras localizações.

No ofício, a autarquia incita ainda a ALGAR a rever os modelos de equipamentos utilizados, que não passam de enormes depósitos de superfície e de design ultrapassado, que enfeiam a cidade e deslustram todo o trabalho que tem vindo a ser feito na recuperação urbanística da cidade. Em particular, estes “monos“ contrastam radicalmente com a filosofia de contentorização subterrânea adotada pela Fagar e Município desde há 4 anos e que muito melhorou quer a eficácia da recolha, quer o ambiente urbano, quer ainda a própria mobilidade na cidade.

Na missiva, a Câmara Municipal apresenta ainda um veemente protesto pelo facto de, ao longo de todo este processo, não ter havido qualquer articulação com os serviços municipais, o que é incompreensível e revela um completo desinteresse pela gestão municipal e pelas próprias comunidades que aqui habitam e por quem nos visita.

A ALGAR é uma empresa bem remunerada para assegurar o tratamento e a valorização de resíduos, da forma ambientalmente mais correta e sustentável, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do ambiente. Manifestamente, não é isso que está a acontecer neste caso.

 

Por: CM Faro