Nasci há um instante |
Levem-me a ver o MAR……!
Sophia de Mello Breyner
Na continuidade do que vem fazendo, o ARTE DE VIVER/TEATRO, tem procurado sempre divulgar autores portugueses, entre eles;
Gil Vicente, António Aleixo, Cândido Guerreiro, Florbela Espanca, entre outros. Nesta décima primeira Produção Teatral, escolhemos Sophia, e porque?
Muitos de nós, como alunos, outros como professores, fomos bebendo SOPHIA, ao longo dos anos, agora grisalhos e seniores, sem formalismos podemos reinventar, o melhor de Sophia para todos.
O Seu nome, está em ruas, escolas, bibliotecas mas, a sua poesia é para gravar nas almas de todas as idades, por isso divulga-la de todas as formas é um dever moral, pela gratidão de todo o seu legado especialmente a sua Ética nos momentos difíceis, até que chegasse:
“ O DIA INTEIRO CLARO E LIMPO”.
Este espetáculo é uma criação dos alunos da U.S.L que constituem o ARTE/ DE VIVER-TEATRO , feito a partir dos contos, textos e poemas da poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen, que continua a ser quanto a nós ,um caso impar na poesia portuguesa. Na sua poesia, os deuses gregos e o melhor da tradição da Civilização Grega, casam perfeitamente com o autentico Humanismo Cristão, no qual o amor à vida, no sentido mais universal, se conjuga com exigências morais e politicas.
Quando a vida de cada um de nós for Ética e Estética, leremos a ordem do mundo com olhar subtil, da cosmovisão de Sophia, onde o mundo ordenado e belo, é humano e divino.
Aristóteles em “Ética a Nicómaco” (X.7. 1177 B30
“Como os poetas nos recomendam o homem não deve, porque é homem, pensar apenas nas coisas humanas, nem porque é mortal, pensar apenas nas coisas mortais: o homem deve, na medida das suas possibilidades viver uma a vida divina.”
Sophia em Arte Poética III
“ A moral do poema não depende de nenhum código, de nenhuma lei, de nenhum programa que lhe seja exterior, mas, porque é uma realidade vivida, integra-se no tempo vivido. E o tempo em que vivemos é o tempo duma profunda tomada de consciência.
O artista não é, e nunca foi, um homem isolado que vive no alto duma torre de marfim. O artista, mesmo aquele que mais se coloca á margem da convivência, influenciará necessariamente, através da sua obra, a vida e o destino dos outros.-
No MAR imenso dos seus escritos, cheios de beleza e emoções, o Sonho como o Mar nunca tem limites, por isso a definiu Jorge de Sena,
” irmã da majestade subtil de Pascoaes e das grandes odes de Álvaro de Campos, cuja linhagem continua”.
Inscrição
“Quando em morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar.”
Como passa depressa o tempo no TEATRO, e as palavras de Sophia são imortais, fomos busca-las para construir um coral ondem caibam todos os sonhos dos Atores e Espetadores, na festa do encontro/reencontro, que o mar de emoções do TEATRO proporciona.
Não se deixe morrer sem vir ao Teatro!
Venha partilhar connosco o melhor de Sophia, nas suas palavras, terapêuticas límpidas e sonoras, cheias de MAR e AMAR…
Se por acaso gosta de poesia, venha aprender a SOPHISMAR!
José Teiga
São Interpretes: António Pinguinhas , Ana Texier, Arminda Raposo, Deolinda Santos, Eusebia Gonçalves, Fernanda Andorinha, Maria das Dores, Maria Farinho, Maria José e Elsa Dores.
Cartaz: - Jorge Timoteo - Som e imagem:- Igor Ricardo- Encenação José Teiga, Som- R.R programa Limite- poema Carlos Albino.
Produção: U.S.L- Universidade Sénior de Loulé. Apoio integral à produção- Câmara Municipal de Loulé.