O espólio arquivístico com valor histórico depositado no Arquivo Municipal data desde o século XVII até, aproximadamente, metade do século XX. O conjunto documental ficará, em regime de depósito, sob custódia do Arquivo Municipal e a sua utilização sujeita ao regulamento interno, podendo ser objeto de tratamento arquivístico no que respeita à sua conservação, acessibilidade e comunicação. Entre os vários livros e maços, encontram-se fontes únicas que enriquecerão a História de Loulé, nos planos da política, economia, religião e sociabilidade.

Durante a cerimónia, Vitor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé, realçou a importância destes documentos para a História de Loulé, prestando homenagem a todos aqueles que contribuíram, ao longo dos séculos, para a preservação daquele património documental enquanto legado que se impõe preservar.

Já Carlos Filipe Sousa, presidente da Junta de Freguesia de S. Clemente, destacou a relevância do conjunto documental em causa como património de todos e a necessidade de o tornar acessível. O Secretário da Junta, Fernando Marques, recuou no tempo para apresentar uma breve história custodial da documentação, finalizando a sua intervenção com as razões que justificaram a entrega daquele espólio ao Arquivo Municipal.

Para Rita Moreira, Chefe de Divisão de Cultura, Bibliotecas e Arquivo da Autarquia, este é um bom exemplo de parceria institucional e que partiu da iniciativa da Junta de Freguesia. Numa curta apresentação sobre os documentos, o arquivista Nelson Vaquinhas mencionou algumas das fontes documentais, o seu estado de conservação e as várias perspetivas de estudo que as mesmas proporcionarão em projetos de investigação sobre a História de Loulé.

Após a assinatura do auto de entrega seguiu-se a conferência “Da conquista do Algarve ao controle de Loulé. O papel dos monarcas e das ordens militares”, proferida por Luís Oliveira, da Universidade do Algarve.