Juventude Comunista Portuguesa continua o seu trabalho ímpar em Lagos

10:11 - 20/10/2016 LAGOS
Na última reunião do Conselho Municipal de Juventude de Lagos (CMJL), no passado dia 10 de Outubro de 2016, a Juventude Comunista Portuguesa (JCP) apresentou três propostas.

A primeira consiste numa análise cuidada sobre o Espaço Jovem (continuando o trabalho que a JCP tem vindo a realizar em torno desta questão), e a apresentação de 15 medidas que a JCP reivindica para o espaço. A proposta, com o propósito de revitalizar o Espaço Jovem, tornando-o num espaço atractivo e rico em actividades e serviços para os jovens, lembra que a única referência à Juventude que o programa do Partido Socialista para as últimas autárquicas, de 2013, faz, é a simples frase "Continuar a apoiar o Espaço Jovem", o que, para os jovens comunistas, é "altamente vaga e insuficiente". A proposta foi votada favoravelmente, com os votos a favor da JCP e da Juventude do Bloco de Esquerda (JBE), e as abstenções da Juventude Social-Democrata (JSD) e do Agrupamento 173 do Corpo Nacional de Escutas.

A segunda proposta consiste no "Combate à Precariedade". Depois de uma avaliação dos dados relativos à precariedade existente em Portugal, onde "atinge mais de um milhão e duzentos mil trabalhadores, em que seiscentos mil são jovens", e mais especificamente no Algarve, onde se estima que "sejam milhares os jovens, muitos com apenas 15 e 16 anos", sujeitos a níveis altíssimos de exploração; a JCP propôs que o CMJL exija do Governo "uma política que combata efetivamente a precariedade", reforçando, entre outras medidas, a Autoridade para as Condições do Trabalho "na fiscalização e sancionamento dos abusos". A proposta foi votada favoravelmente apenas com o voto da JCP, merecendo por parte da JBE, da JSD e dos Escutas, a abstenção.

A última proposta trouxe ao plenário pela primeira vez a situação internacional, nomeadamente a situação no Norte de África e no Médio Oriente. Os jovens comunistas acusam a NATO de ser uma "organização político-militar representativa da política externa dos EUA e maior ameaça à Paz na Europa e no Mundo", e destacam três notícias publicadas este ano: a decisão do Tribunal para a ex-Jugoslávia que iliba o antigo presidente deste país, Slobodan Milosevic, dos crimes de que foi acusado; e dois relatórios do parlamento britânico: o chamado "relatório Chilcot", que conclui que a justificação da invasão do Iraque nunca foi comprovada; e o relatório sobre a intervenção da NATO na Líbia em 2011, em que se pode ler que "a invasão foi baseada em "discursos" e não em informações sérias e fiáveis", e que "a invasão abriu portas a bandos terroristas que ainda hoje operam no país". Os jovens comunistas lembraram os objetivos militaristas da última cimeira da NATO, em Varsóvia, e os resultados da "crescente militarização das relações internacionais", que, segundo dados das Nações Unidas, incluem "65 milhões de pessoas deslocadas de suas casas e seus locais de origem" no mundo. A JCP propôs que o CMJL repudie a realização da última cimeira da NATO, rejeite a participação das forças portuguesas em agressões militares desta organização, e exija do Governo o cumprimento do artigo 7º da Constituição da República Portuguesa, onde está escrito que Portugal preconiza, entre outras medidas, "a dissolução dos blocos político-militares". Mesmo assim, a proposta foi chumbada, com os votos contra da JBE, da JSD e dos Escutas.

A JCP continua a sua intervenção no CMJL, mas também nas escolas, nos locais de trabalho e nas ruas, e apela a todos os jovens, trabalhadores e estudantes, que participem e contribuam para a luta pela melhoria das condições de vida, de estudo e de trabalho no concelho de Lagos e no nosso país.

 

Por: Partido Comunista Português