O terminal de contentores do porto de Sines, Setúbal, deverá retomar totalmente a atividade no domingo, dia em que estará concluída a remoção do combustível derramado, segundo as previsões avançadas hoje à agência Lusa pela administração portuária.
Depois de no último domingo, quando foi detetado combustível derramado no mar, terem sido encerradas as operações, na quarta-feira o terminal de contentores voltou a receber navios com a retoma parcial da atividade, em simultâneo com os trabalhos de contenção e de remoção do derrame.
Atualmente, estão operacionais três cais, com "capacidade para três navios ao mesmo tempo", faltando agora a reabertura do quarto, prevista para domingo, adiantou à Lusa o presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), João Franco.
"Dos quatro cais que o terminal tem, três deles estão operacionais. Só o último, mais a sul, é que ainda está em operações de remoção do produto e pensamos que até domingo estará tudo limpo, em condições de o terminal estar totalmente operacional, a 100 por cento, sem qualquer perturbação e sem problemas ambientais", frisou.
Ainda assim, salientou, a área afetada, confinada ao terminal de contentores, irá continuar em vigilância durante algum tempo para garantir a remoção de "resíduos" que possam surgir.
"Como pode haver ainda alguns resíduos que apareçam entretanto, porque debaixo do cais, como é feito em estacas, pode aparecer algum resíduo, mantêm-se as brigadas de prevenção para recolher tudo o que aparecer e vão manter-se durante os dias que forem necessários", assegurou o responsável.
João Franco fez ainda questão de destacar que a "rápida" intervenção da administração portuária, que contou com o apoio do Serviço de Combate à Poluição da Direção Geral da Autoridade Marítima, evitou "problemas ambientais".
"A preocupação foi fazer a contenção, foi feita rapidamente, as barreiras estavam em operação 15 minutos após o conhecimento do derrame, evitou-se o alastramento da mancha, evitaram-se problemas ambientais", disse, assegurando que "não houve nenhum produto que tenha saído da área do terminal".
O presidente da APS aproveitou ainda para informar que deverá reunir na próxima semana com a associação ambientalista Quercus, que exigiu saber quais os "impactes ambientais" e que fossem "apuradas as responsabilidades" do incidente.
"Nós cá estaremos para prestar os esclarecimentos todos, como fazemos à comunicação social e faremos a quem mais pedir, porque não temos nada a esconder, porque fizemos um trabalho de facto notável, não digo nós, a administração, digo nós, a organização, a empresa", rematou.
No terminal XXI, como também é designado terminal de contentores, continuam os dois navios que poderão estar na origem do derrame, o porta-contentores "MSC Patrícia" e o reabastecedor de combustível "Baía 3", enquanto a Polícia Marítima prossegue com as diligências do processo de investigação.
Por: Lusa