7ª Edição do Festival Verão Azul no Algarve

12:30 - 01/09/2016 ALGARVE
O final do Verão traz ao Algarve mais uma edição do Festival Verão Azul, festival dedicado à promoção e difusão da criação artística contemporânea nacional e internacional na região do Algarve, organizado anualmente pela associação cultural casaBranca.

Com realização entre 17 de setembro e 6 de novembro, este festival dá continuidade ao trabalho que tem implementado desde 2015 de consolidação de parcerias intermunicipais, marcando presença em Loulé, em Lagos e em Faro.

Este ano o Festival abre em Loulé, com a inauguração na Casa do Castelo da exposição de fotografia Começar do Zero, onde estarão presentes obras dos artistas portugueses André Príncipe, André Uerba, Patrícia Almeida e Vasco Célio e do bósnio Andrej Djerkovic. A exposição estará patente em Loulé até 22 de Outubro, seguindo depois para o Centro Cultural de Lagos. Também no âmbito desta exposição será exibido em ambas as cidades o filme Traces of a Diary, de Marco Martins e André Príncipe, documentário concebido como um caderno de notas cinematográfico sobre o trabalho de alguns dos mais significativos fotógrafos japoneses contemporâneos.

As propostas na área do cinema e vídeo passam ainda pela exibição do documentário de Helena Inverno e Verónica Castro Um Elefante na Sala, em Loulé e Lagos, e Deportado de Nathalie Mansoux em Lagos, paralelamente à sessão de curtas de Bill Domonkos, artista que combina animações computorizadas, fotografia e imagens de arquivo manipuladas.

Loulé recebe também Atlas Loulé, de Ana Borralho & João Galante, coreografia social de resistência realizada com 100 pessoas de diferentes profissões da comunidade local. O convite à participação está aberto e o único requisito é vontade e disponibilidade para uma semana de ensaios antes da apresentação no dia 24 de Setembro. World of Interiors (também da dupla Borralho & Galante) performance-instalação que será apresentada no Teatro das Figuras, é um objecto artístico que atravessa as fronteiras das artes visuais e performativas e é outra das propostas que convoca para palco pessoas das comunidades onde se apresenta, integrando um workshop com a duração de 5 dias. Também em Faro marca presença a nova criação da coreógrafa Cláudia Dias, que trará ao Teatro das Figuras uma performance à laia de combate de boxe - Segunda-Feira: Atenção à Direita propõe-se reconstituir um combate, onde Cláudia e Jaime vão dar e levar na boca literal e metaforicamente, através de rounds de perguntas que questionam as suas (nossas) visões do mundo. Destaque ainda nas artes performativas para o espectáculo que Vera Mantero apresenta no Centro Cultural de Lagos - Os Serrenhos do Caldeirão, exercícios em antropologia ficcional, obra que promove uma reflexão directa sobre o território algarvio e sobre desertificação/desumanização da Serra do Caldeirão.

À semelhança das edições anteriores, a música atravessa o Festival com vários concertos: Faro recebe Colin Stetson, saxofonista e compositor americano que ocupa um lugar único na cena musical contemporânea e cujo trabalho inclui colaborações com artistas como Tom Waits, Lou Reed e Laurie Anderson, Arcade Fire e TV on the Radio. Do Norte chegam a Lagos os Live Low, quarteto que articula algum repertório do Cancioneiro e da música de tradição oral com elementos electrónicos, num concerto que será o último de uma tournée que iniciam no Porto e passa por Lisboa, para promover o lançamento do novo – e primeiro – disco da banda, Toada, editado pela Lovers&Lollipops. Também a Lagos chegam Black Bombaim, num concerto que terá como convidado Rodrigo Amado, saxofonista luso e referência fundamental no jazz livre actual. Rodrigo Amado encerrará também o Festival com um concerto a solo na Galeria LAR, em Lagos.

Um destaque para o também já habitual espaço de programação dedicado ao público infanto-juvenil: da coreógrafa e bailarina Sílvia Real e Grupo 23 chega-nos E se tudo fosse amarelo?, espectáculo protagonizado por um grupo de crianças que assenta em várias linguagens como a dança, o teatro, a música e a filosofia, e que integra a realização de uma Oficina de Improvisação Vocal e Instrumental para crianças. Joana Sá, pianista e compositora na área da música contemporânea, apresenta Dentro da cabeça nem tudo é claro, singular performance musical para crianças a partir dos 4 anos fortemente marcada pelas dimensões musical, visual e textual. E é exibido O Rei e o Pássaro, filme de Paul Grimault com argumento de Jacques Prévert, e considerado por muitos como uma obra-prima da animação francesa.

 

Consulte a programação detalhada aqui.

 

Por Casa Branca