COMISSÃO EUROPEIA DEU SINAIS DE ACOLHIMENTO DA PROPOSTA PORTUGUESA

22:16 - 28/06/2016 ECONOMIA
A Comissão Europeia admitiu hoje, no Luxemburgo, poder incluir no pacote de medidas de apoio aos setores em crise, a apresentar em julho, a sugestão avançada por Portugal no sentido de antecipar para outubro o pagamento de 70% das ajudas diretas no âmbito da Política Agrícola Comum.

Esta será uma das propostas concretas que a Comissão Europeia deverá apresentar ao Conselho de Ministros da Agricultura já na próxima reunião, a 18 de julho. No encontro de hoje foi finalmente reconhecida, por uma maioria de Estados-Membros e pela Comissão Europeia, a necessidade de avançar com medidas de apoio específicas para estes setores, tendo em conta a situação de dificuldade que os produtores atravessam em toda a União Europeia.

Para o Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, trata-se de “uma alteração qualitativa de grande importância na posição dos estados-Membros, tendo em conta que há meses que Portugal vem reivindicando a necessidade de adoção de medidas extraordinárias, em conjunto com mais alguns Estados-Membros, esbarrando permanentemente na falta de vontade política de uma maioria que considera que deve ser o mercado a resolver o problema”.

Relativamente à proposta de antecipação do pagamento das ajudas diretas, o Ministro da Agricultura considera que esta é “uma importante medida que, se for aprovada, permitirá a chegada de algum apoio aos produtores um pouco mais cedo do que o previsto no calendário normal, mas que, ainda assim, não é suficiente!” Capoulas Santos tem vindo a implementar um conjunto de medidas nacionais de apoio ao setor do leite e da suinicultura, reconhecendo no entanto que “o caso do leite está a arrastar-se mais do que o da suinicultura, tendo em conta a especificidade deste mercado”. O Ministro recorda que “a todos os fatores que ajudaram a que se instalasse uma crise europeia no setor da suinicultura, há a somar o fim do regime das quotas leiteiras no caso deste setor específico”, situação para a qual não há alternativas.

 

Por: Agroinfo