Na sequência da inauguração da MALO CLINIC em Faro, Wanda Stewart, conhecida artista portuguesa e uma das caras da marca, esteve no Algarve, onde falou com «A Voz do Algarve» sobre os seus projetos atuais e a sua ligação com o sul do país.

A Voz do Algarve – Qual é a sua ligação à MALO CLINIC?

Wanda Stewart – Eu sempre tive pânico de ir ao dentista, devido a uma experiência que tive numa clínica aqui em Faro, com um pseudo-dentista brasileiro. Isto aconteceu há mais de 20 anos. Na época eu estava a cantar aqui no Algarve durante todo o verão, em hotéis e outros sítios, e tive uma dor de dentes horrível que me fez ir a uma clínica aqui em Faro. Foi muito traumatizante, o dentista tratou-me muito mal, tive de ir de urgência para Lisboa. Fiquei tão traumatizada, que mal via uma cadeira de dentista começava a chorar. Não estou a fazer drama, isto é mesmo realidade! Eu chegava a marcar consultas, mas depois desmarcava e só ia ao dentista mesmo em último caso. No entanto, eu queria tratar dos meus dentes. Acontece que apesar de ter uma dentição razoável, sempre me disseram que os meus dentes eram difíceis de tratar, que eram diferentes dos outros e que tinham raízes a mais. Entretanto conheci o trabalho da MALO CLINIC no programa do Manuel Luís Gocha, meu amigo, e em conversa com ele, disse-lhe que tinha muito pânico de ir ao dentista, mas que tinha mesmo que ir, uma vez que já começava a sentir algum desconforto, principalmente nos molares. Ele aconselhou-me a MALO garantindo que me iriam tratar da melhor maneira possível. Assim foi. Enchi-me de coragem e fui. Eles, sabendo quem eu era, claro, disseram logo que tratavam dos meus dentes, porque eu precisava de ter sempre a boca impecável para cantar. A Alexandra Malo disse até uma coisa que eu gostei muito de ouvir: “nós fazemos protocolo com os melhores na sua área e, para mim, tu és a melhor na tua área”. Graças ao Dr. Paulo, e a toda a equipa, hoje posso dizer que já não tenho medo de ir ao dentista. Hoje até já vou ao dentista mesmo sem levar anestesia! Foi um peso que me saiu de cima. No outro dia arranquei três sisos de uma vez e não me custou nada! Para mim é fantástico contar com uma equipa que me “destraumatizou” e que é a melhor do mundo inteiro. Para sermos bons, temos que nos juntar aos melhores.

V.A. – Alguma previsão de espetáculos para o Algarve?

W.S. – Recebi um convite há pouco tempo, que ainda não está confirmado, mas que espero que se concretize pois é para homenagear um grande artista que eu sempre admirei muito, o David Bowie. A realizar-se será para finais de julho no T Club, na Quinta do Lago. Além disso, estou com um espetáculo marcado para Itália, com os meus Kids On Broadway e com a Orquestra Bach, de Portimão, por isso, tenho vindo ao Algarve com alguma assiduidade para ensaiar para o espetáculo em Milão, que será em junho. Agora que vem aí o verão e as festas, espero que me contratem e convidem para vir mais ao Algarve, até porque também gosto de festas e de praia e tenho a família do meu marido em Estômbar.

V. A. – Quais são os seus projetos atuais?

W.S. – Atualmente, continuo com os meus Kids On Broadway. Faço muitos espetáculos para empresas e particulares, o que nem sempre tem visibilidade para o grande público, mas felizmente não tenho estado parada. Além disso vou fazendo coisas que pontualmente vão aparecendo. Mas, mais assiduamente, tenho-me dedicado aos meus Kids On Broadway, que é um projeto muito giro e no qual eu acredito bastante. Dele têm saído muitos talentos, incluindo a minha filha Eva, com 10 anos. Dar aulas para mim não é só vê-los crescer, é também sentir que deixo qualquer coisa para as gerações futuras. Para mim é muito interessante e gratificante estar a trabalhar com crianças e jovens e, mais tarde, vê-los a seguir o seu caminho.

V. A. – Saberá certamente de algumas polémicas que atualmente marcam o Algarve, como a exploração de petróleo. Qual é a sua opinião sobre este assunto?

W.S. – Sou completamente contra! Querem estragar o que temos de bom. Por amor de Deus! O petróleo é uma energia que também já está a ser substituída e, por isso, vamos lá aproveitar as energias do vento, do sol e das pessoas, ok? Não substituam as pessoas por outras coisas. Nuclear? Querem brincar com o fogo!? Temos vindo a regredir a uma velocidade incrível, do meu ponto de vista. Para mim, evolução não é só ter coisas cada vez mais tecnológicas. Então e a nossa casa? Para termos essas coisas vamos destruir a nossa casa? Para mim isso não é evolução, é estupidez pura e dura. Nós temos um País lindo, que tem muitos recursos, mas isso tem que ser feito com cabeça. Temos um País tão pequenino, basta um acidente e acaba-se com o retângulo à beira mar plantado. Por isso, tenham muito cuidado com as novas tecnologias e energias. Energia é no povo!

V. A. – Que mensagem gostaria de deixar para os algarvios?

W.S. – Eu sou fã dos algarvios. O meu irmão mais velho também vive em Faro e, por isso, tenho muitas ligações. O que eu desejo para os algarvios é que continuem a ser a nossa estância de turismo de eleição e que recebam sempre bem os turistas, portugueses e não só. Esta região é linda, talvez devesse ser um bocadinho mais explorada e dinamizada durante o inverno. No inverno o Algarve morre um pouquinho. O que eu desejo para os algarvios é o mesmo que desejo para todos portugueses: força de vontade, ânimo e coragem. Nós temos um dos melhores países do mundo, todos os estrangeiros acham o nosso País fantástico e nós temos que começar a acreditar nisso também. Acreditar em nós, no País e nas condições que temos. Os estrangeiros vêm para cá e adoram-nos, portanto, porque queremos nós ir lá para fora? Por amor de Deus, vivemos no melhor País do mundo!

 

 

Por: ND