O secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, disse hoje em Loulé, distrito de Faro, ficar sempre surpreso quando a atual oposição alerta para os problemas da economia nacional.
“Fico sempre surpreendido por ver que, de repente, aqueles que estavam no Governo ainda há poucos meses descobriram problemas na economia portuguesa”, ironizou acrescentando, “bastava terem-nos dado ouvidos ao longo de quatro anos para saberem”.
As afirmações foram proferidas na reunião com os socialistas algarvios para a apresentação da moção “Cumprir a alternativa, consolidar a esperança” com que António Costa se recandidata à liderança socialista portuguesa.
“É precisamente por isso, que nós quisemos governar, que temos um programa para resolver os problemas que afetam a economia nacional”, vincou.
António Costa disse que perante uma economia mundial inquieta é necessário travar a queda e garantir uma evolução positiva.
As empresas nacionais deparam-se com um aumento de exportações dentro da Europa e com o desaceleramento no Brasil, na China e em Angola, razão que levou o Governo a apostar no mercado interno.
“Se não tivéssemos apostado na devolução de rendimentos às famílias e apostado no aumento da procura interna, as dificuldades de crescimento seriam ainda maiores”, argumentou.
No futuro próximo, o líder socialista aponta como desafio interno as próximas eleições autárquicas, tendo deixado uma mensagem de alento aos socialistas algarvios para que possam fortalecer a sua presença autárquica.
O secretário-geral do PS diz que o combate que o país tem pela frente é combate para uma década para que seja possível resolver os problemas nacionais pela raiz e fez um balanço positivo dos seis meses do Governo que lidera.
A nível europeu, António Costa considera que se acumulou um excesso de crises, entre elas, a crise de valores.
“Quem sacrifica os valores, sacrifica o projeto da Europa”, afirmou em tom de alerta dirigido tanto para a questão dos refugiados como a do terrorismo.
O 21.º Congresso do Partido Socialista está marcado para 03, 04 e 05 de junho na Feira Internacional de Lisboa (FIL).
Por: Lusa