Os trabalhadores do grupo JJW Hotels & Resorts cumpriram ontem, dia 25 de Março, um dia de greve para exigir o aumento imediato dos salários em 5%, com um mínimo de 40€; a reposição da retribuição do trabalho suplementar com um acréscimo de 200%; o pagamento do subsídio de línguas a todos os que a ele tenham direito; a garantia do gozo efectivo de 25 dias úteis de férias para todos; e a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, sem edução da retribuição.
Os trabalhadores concentraram-se ontem de manhã junto ao Hotel Dona Filipa, em Vale do Lobo, e aprovaram uma moção (em anexo) que foi entregue à direcção da JJW Hotels & Resorts. No próximo dia 11 de Abril os trabalhadores irão reunir-se em plenário para fazer um ponto de situação e definir a estratégia a seguir se entretanto a administração ainda não tiver dado resposta às justas reivindicações dos trabalhadores de verem as suas condições de trabalho e de vida melhoradas.
MOÇÃO
Considerando que:
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2013 foi considerado “o melhor ano turístico de sempre”, 2014 “foi um ano de recordes turísticos na região e no país” e em 2015 a actividade turística no Algarve voltou a registar um crescimento de 10,2 % de proveitos, atingindo 758,4 milhões de euros.
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O congelamento dos salários, o roubo no pagamento do trabalho suplementar e nos feriados, as taxas de inflação acumuladas e a brutal carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho impuseram, só nos últimos 4 anos do Governo PSD/CDS, uma perda de 12% do poder de compra dos trabalhadores.
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A administração do grupo JJW Hotels & Resorts não actualiza os salários há cerca de 10 anos e que ainda por cima rouba no pagamento do trabalho suplementar e dos feriados.
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A precariedade laboral aumentou a exploração e o empobrecimento dos trabalhadores.
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Que devido às políticas de direita dos sucessivos Governos e das opções do patronato as condições de vida dos trabalhadores e das suas famílias foram brutalmente degradadas.
Os trabalhadores dos estabelecimentos do grupo JJW Hotels & Resorts, concentrados junto ao Hotel Dona Filipa, decidem:
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Exigir à administração que dê resposta às suas reivindicações, nomeadamente: o aumento imediato dos salários em 5%, com um mínimo de 40%; a reposição da retribuição do trabalho suplementar com um acréscimo de 200%; o pagamento do subsídio de línguas a todos os que a ele tenham direito; a garantia do gozo efectivo de 25 dias úteis de férias para todos; e a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, sem diminuição da retribuição.
2. Mandatar o sindicato para pedir uma nova reunião à administração e, caso esta não dê resposta no prazo de uma semana, convocar plenários para se analisar a situação.
Vale do Lobo, 25 de Março de 2016
Por: União dos Sindicatos do Algarve