Declarações após a quinta e última etapa da 42.ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta, ganha pelo espanhol Alberto Contador (Tinkoff), no final de uma ligação de 169 quilómetros, entre Almodôvar e o alto do Malhão (Loulé):

Alberto Contador, Esp, Tinkoff (vencedor da quinta etapa e terceiro na geral individual): “Estou contente com esta vitória, saio daqui com um bom resultado. Esta é uma corrida que me traz sorte para a temporada.

Apesar de saber que se trata da primeira competição do ano, sabia que me encontrava bem. No segundo dia faltou-me a energia, talvez me tenha alimentado mal e perdi demasiado tempo.

Hoje sabia que estava bem e pus a equipa a trabalhar juntamente com a Sky. Estou contente por ter ganhado hoje, para poder agradecer o trabalho dos meus colegas, e por ter chegado ao pódio.

Estou contente com o terceiro lugar, correu melhor do que o esperado. Não competia desde o Tour, estive sete meses parado… Tudo é mais fácil quando se ganha”.

 

Geraint Thomas, GB, Sky (vencedor da Volta ao Algarve): “Foi um dia difícil. Com o vento forte foi ainda mais complicado. Quando o Contador atacou, tentámos manter a calma e não nos precipitarmos a ir atrás dele. Mantivemos o ritmo para vencer a geral.

Tive a maior paragem de pré-epoca da minha carreira - foram cinco semanas sem a bicicleta - e não sabia se ia estar bem. Estava sob bastante pressão, porque no ano passado vim para ajudar o Richie [Porte] e este ano tinha os rapazes a trabalhar para mim. Foi bom poder ganhar para lhe agradecer.

No ano passado, vencer foi um bónus. Vir aqui com responsabilidade foi diferente, estou contente por ter estado à altura.

Ganhar uma grande Volta este ano? Gostava de ganhar em qualquer ano, mas o meu plano é ajudar o 'Froomie' no Tour. Se puder tentar um resultado para mim, irei por ele”.

 

Ion Izagirre, Esp, Movistar (segunda na geral individual): “O balanço foi positivo. Estava cá um elenco exigente, com corredores de muita qualidade.

O segundo lugar é bom, mas todos queremos ganhar. Era difícil chegar à vitória. Nesta subida ia mal e vi perigar o segundo lugar, por isso do mal o menos”.

 

Amaro Antunes, Por, LA-Antarte (décimo na geral individual e melhor português): “Estou muito orgulhoso por estar numa grande equipa, que confia em mim. Os meus colegas hoje deixaram a pele por mim.

O Mário e o Miguel [diretores da LA-Antarte] foram os que mais acreditaram em mim. Defendi-me no contrarrelógio e aqui, que é o meu terreno, consegui estar na frente.

Já tinha vencido o Fabio Aru numa prova da Taça das Nações, estar ao lado dele é uma sensação especial”.

 

Tiago Machado, Por, Katusha (11.ª na geral individual): “As sensações não foram as mesmas das Fóia. Fiz uma subida irreconhecível, não sei o que se passou, não consegui manter o andamento.

Acusei a pressão de quê? Também estava cá o Ilnur Zakarin para a geral. Claro que gostava de ter feito melhor. Não consegui manter a potência, vim a arrastar-me por aí acima”.

 

Nelson Oliveira, Por, Movistar (13.º na geral individual): “A minha missão era ajudar o Ion Izagirre e cumpri. Quanto a mim, senti-me cansado. Dada a dureza do percurso estou contente”

 

Por: Lusa