O Cine-Teatro Louletano acolhe a 16ª edição do prestigiado Festival Al-Mutamid, com um concerto com o Yaran Ensemble, a realizar no dia 19 de fevereiro, sexta-feira, pelas 21h30.
Para esta edição a organização propõe uma viagem hipnótica pela milenária civilização persa (Irão) através da música e dança.
Yaran Ensemble é formado por músicos iranianos que interpretam a música clássica, folk e também melodias e ritmos místicos e rituais persas, com diversos instrumentos de enorme beleza visual e sonora. Este grupo faz-se acompanhar de uma bailarina que interpreta danças persas. Nestas tocam-se as linhas da elegância do ballet clássico e a geometria e a teatralidade da dança clássica indiana.
O ensemble é composto por Kaveh Sarvarian (nay, tombak e voz), Pedram Khosravi (percussão e tambur), Babak Kamgar (oud, sitar, tar e percussão) e Lubna Shakti (dança persa).
O concerto tem a duração de 75 minutos, destina-se a maiores de 6 anos e tem um custo associado por pessoa de 10 euros, sendo que, no âmbito da política de descontos iniciada pelo Cine-Teatro em 2016, para maiores de 65 e menores de 30 anos o bilhete tem um valor de 8 euros.
Para mais informações e reservas os interessados podem contactar o Cine-Teatro Louletano pelo telefone 289 414 604 (terça a sexta das 13h00 às 18h00) ou pelo email cinereservas@cm-loule.pt. Além disso, podem consultar o seu website cineteatro.cm-loule.pt ou a sua página de facebook, em permanente atualização, onde também existe a possibilidade de compra on-line de ingressos através da plataforma BOL (www.bol.pt).
Refira-se que este evento pretende recordar o rei poeta Al-Mutamid, filho e sucessor do rei de Sevilha Al-Mutadid. Muhammad Ibn Abbad (Al-Mutamid) nasceu em Beja (1040) e foi nomeado governador de Silves com apenas 12 anos, tendo aí passado uma juventude refinada. Em 1069 acedeu ao trono de Sevilha, o reino mais forte entre os que surgiram em Al-Andaluz após a queda do Califato de Córdoba. Em 1088 foi destronado pelos almorávides e recluído em Agmat, a sul de Marrakech onde viria a falecer em 1095. O seu túmulo, conservado até hoje, tornou-se símbolo dos mais belos tempos de Al-Andaluz.
Este evento visa resgatar e divulgar a música e a poesia que durante séculos inundou bazares, medinas e palácios, mas também responder a uma oferta turística dotada de peso cultural, complemento das ofertas tradicionais, dando a conhecer povoações e outros lugares de interesse que, por diversas razões, estão ligadas à civilização andaluza.
Por CM Loulé