O jantar de ano do PS Albufeira, realizado no dia 15 deste mês, serviu de mote ao processo autárquico. O presidente da concelhia, Ricardo Clemente, afirmou que o partido deveria estar aberto à formação de listas com toda a sociedade, por forma a debater e construir um plano estratégico de médio e longo prazo que traga à cidade o desenvolvimento sustentado de que tanto precisa.
Ricardo Clemente foi bastante crítico às sucessivas governações sociais-democratas, afirmando que nos primeiros anos existiu uma política de puro despesismo que levou o município a uma situação de colapso financeiro, vendo-se obrigada a recorrer a ajuda governamental (PAEL) o que fez com que durante alguns anos Albufeira fosse dos municípios que mais impostos e taxas pagava no país. Hoje e com a situação do programa de ajuda à economia local liquidado, o município conta com um saldo de tesouraria de cerca de 40 milhões de euros. Um absurdo quando verificamos a falta do investimento autárquico em ruas, arruamentos, espaços verdes, limpeza, pintura de edifícios, política cultural, atividade desportiva, etc. Temos uma câmara incapaz de verificar que o caminho que estamos a trilhar é francamente delicado e errado, é fundamental existirem respostas do poder local no sentido de inverter o estado que se vive em Albufeira.
Uma cidade como Albufeira não pode fechar portas durante o inverno. Como a vamos tornar atrativa a novos investidores e futuros residentes se não formos capazes de iniciar um percurso de desenvolvimento? Este debate chega tarde e com grandes e nefastas consequências para todos.
Precisamos de criar um programa de incentivos na época baixa, a animação artística, cultural e desportiva são pequenos fatores dinamizadores. São coisas simples de tornar realidade e para o presidente do PS Albufeira é impossível descrever tamanha apatia.
Ricardo Clemente também frisou que com o aproximar das eleições autárquicas esta câmara levará a cabo uma serie de obras de cosmética na tentativa de cativar o eleitorado mais desatento.
É essencial para o futuro de Albufeira que haja uma política que envolva uma estratégia de desenvolvimento. Hoje a gestão autárquica não é igual à aquela que se fazia há 20 atrás, a maior parte das infraestruturas estão criadas e o grande desafio está na questão e nas respostas sociais.
O combate ao desemprego, a juventude, o apoio ao empreendedorismo, o retirar as pessoas do limiar da pobreza, desporto, cultura, etc e com tudo isto trazendo mais e melhor economia ao concelho.
Mas a dinâmica tem de ser outra, não pode ser a dinâmica de estar sentado na secretária e da fotografia fácil.
Por Comissão Política de Albufeira