ENTREVISTA | Carlos Martins, Presidente do Conselho de Administração da Águas do Algarve, SA

18:41 - 13/10/2015 ALGARVE
Carlos Martins, 59 anos, natural de Lisboa, com raízes em Coimbra, é marido, pai, professor e, desde julho deste ano Presidente da Águas do Algarve. Após três meses a desempenhar funções, Carlos Martins convidou alguns meios de comunicação a conhecer melhor os vários projetos que tem para a empresa. Engenheiro Civil, conta com um vasto percurso profissional, onde desempenhou diversos cargos e funções, em várias entidades Públicas e Privadas, desde Serviços Municipais, Ministério do Ambiente e

A Voz do Algarve – Sendo a Engenharia Civil a sua área de formação, qual o percurso que o levou para a área das águas?

Carlos Martins – A área das águas é, historicamente, uma área típica da Engenharia Civil. Portanto a área da hidráulica urbana é algo a que os Eng.ºs Civis sempre estiveram muito ligados. Aliás, eu pertenço a uma geração que tem história, pois até aos anos 80 só havia praticamente as Engenharias Civil, Mecânica, Química e Eletrotécnica. Quando comecei a minha carreira profissional, todos os meus colegas ou eram Engenheiros Químicos ou Civis, não existia a Engenharia do Ambiente, nem todas essas especialidades da área da Engenharia que hoje existem. Quanto ao meu percurso, eu diria que de alguma forma comecei a minha vida profissional com a água. Iniciei a minha carreira nos Serviços Municipalizados de Loures, onde estive 25 anos, numa época em que o trabalho que havia a fazer era imenso. Embora Loures estivesse às portas de Lisboa, praticamente metade da população do Concelho não tinha água canalizada, e apenas 3% da população tinha águas residuais tratadas… e Loures era um caso singular, sendo dos Concelhos que tinha mais água em Portugal, por ter a ETAR, a antiga ETAR de Frielas, o que naquela altura já fazia a diferença. Outra tarefa que me deixou muito orgulhoso enquanto trabalhei nos Serviços Municipalizados de Loures, e que também tem tudo a ver com água, foi a despoluição do Rio Trancão, que era o rio mais poluído da Europa e que nós conseguimos despoluir ainda a tempo da organização da Expo 98, que foi precisamente realizada nos terrenos da Foz do Trancão.

V.A. – Desde Loures até às Águas do Algarve, o seu percurso passou por várias funções e empresas, que o trouxeram até aqui. Fale-nos um pouco desse percurso.

C.M.  – Após deixar os Serviços Municipalizados de Loures, passei alguns anos no Ministério do Ambiente, onde tive alguma relação com o Algarve, nomeadamente com a construção dos aterros sanitários e com o assolamento das lixeiras que na época haviam no Algarve. Tive o privilégio de acompanhar muito de perto toda essa política, entre 1997 e 2001, e depois voltei a Loures, desta vez não como Técnico, mas como Administrador daqueles Serviços Municipalizados. Mais tarde, a Câmara Municipal de Loures designou-me Administrador da SimTejo (Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão), entrando assim para uma empresa do grupo Águas de Portugal. Após o primeiro mandato na SimTejo, o Presidente das Águas de Portugal endereçou-me um convite para passar a ser Administrador da empresa Águas de Portugal, e deste então tenho feito carreira dentro deste grupo, com muita satisfação e alguns sucessos…

V.A. – É atualmente, e desde julho de 2015, Presidente da Águas do Algarve. Não tendo uma ligação direta com o Algarve, o que significa para si esta nova função?

C.M. – É mais um desafio. Felizmente estas atividades têm as suas particularidades, o que torna estas funções desafiantes, pois não são repetitivas. Neste caso concreto, julgo que estamos perante 2 ou 3 desafios, que são estímulos para o futuro.

V.A. – Neste primeiro trimestre, que balanço faz da última gestão, comparativamente com a gestão que está a aplicar, que diferenças se evidenciam?

C.M. – Normalmente o balanço de uma gestão não pode ser feito em períodos tão curtos, nem me parece que isso seja relevante para aquilo que são as motivações para o futuro. Nós estamos perante desafios muito importantes e aquilo que temos de melhor nesta empresa são os seus recursos humanos. Estamos perante um grupo muito empenhado e muito qualificado, e o nosso principal objetivo é continuar a mantê-lo entusiasmado e, se possível, mais entusiasmado ainda para ir atrás dos objetivos que temos e que são ambiciosos.

 

V.A. – Quantas pessoas trabalham nas Águas do Algarve?

C.M. – A empresa Águas do Algarve tem cerca de 150 a 160 trabalhadores em todo o Algarve. Mas vale a pena destacar aqui uma questão: a Águas do Algarve tem uma diferença significativa relativamente a quase todas as outras empresas do grupo, uma vez que é uma empresa que recorre muito ao outsourcing, isto é, tem empresas externas que respondem pela operação e manutenção de algumas áreas.
Isto significa que a equipa de trabalhadores da Águas do Algarve tem menos “fatos macaco” e mais gente qualificada. O nível de licenciados, mestrados e doutorados é muito superior àquilo que são os rácios das outras empresas do grupo, embora tenhamos, por outro lado, menos know how operacional. Isto significa que os 160 trabalhadores que temos não podem ser comparáveis com o número de trabalhadores de outras empresas … esta é uma empresa importante ao nível regional, quer ao nível de emprego, quer ao nível da sua faturação, e tem um peso regional muito significativo.

V.A. – Já referiu que tem objetivos ambiciosos. Que desafios se podem esperar?

C.M. – Vamos ter a construção de duas grandes ETAR’s, talvez as duas maiores do Algarve: a ETAR da Companheira, em Portimão, e a ETAR de Faro-Olhão. O nosso objetivo é que estas sejam obras de referência, não só em termos de desempenho ambiental, mas também em termos de engenharia. Eu tive a felicidade de conduzir, juntamente com o Presidente da SimTejo, a ETAR de Alcântara, em Lisboa, que foi considerada pela Ordem dos Engenheiros a melhor obra de Engenharia do Ambiente realizada em Portugal nos últimos 75 anos. Naturalmente que estas ETAR’s de que falo para o Algarve são bem mais pequenas, mas à escala do Algarve acabam por ser as mais determinantes para a resolução de problemáticas existentes na atualidade.

V.A. – O que significa a construção dessas ETAR’s em termos de investimento?

C.M. – Estamos a falar, em qualquer das ETAR’s, de um investimento em torno dos 13 ou 14 milhões de euros. Mas, no caso de Faro-Olhão, haverá ainda uma obra complementar, uma conduta elevatória que trará os afluentes de Olhão para Faro, o que significará cerca de mais 5 milhões de euros de investimento. O que corresponde a um investimento superior a qualquer investimento feito anteriormente em ETAR’s no Algarve.

 

V.A. – Dirigindo-se aos leitores, e à população em geral, explique exatamente quais as principais diferenças após a construção das novas ETAR’s.

 C.M. – Para a generalidade, a principal diferença será provavelmente o cheiro, que é o aspeto a que são mais sensíveis. O cheiro que este tipo de unidades provoca é uma questão que, com as tecnologias que foram implementadas anteriormente seria impossível resolver, uma vez que a solução escolhida no passado tem áreas muito significativas, onde o tratamento de odores não é aplicável. As soluções que estamos agora a desenvolver são soluções que, naturalmente, vão estar muito orientadas à resolução desse problema, portanto esse talvez seja, no imediato, o resultado mais significativo. Mas, haverão outros, de natureza menos evidente, nomeadamente aqueles que têm a ver com o desempenho ambiental, com a qualidade do tratamento que permitem atingir… portanto, são obras que, devidamente executadas e operadas, conseguirão maiores níveis de eficiência do que aquelas que são as eficiências das instalações atuais.

V.A. – Qual a previsão de final de obras destas novas ETAR?

 C.M. – Só terei maior facilidade em comprometer-me com datas quando a obra começar, pois seremos muito rigorosos no acompanhamento da mesma. Atualmente há ainda um conjunto de etapas, de natureza administrativa, em que existe pouco controlo da parte da empresa, no sentido do andamento processual, como são exemplo os processos em Tribunal da Companheira, o registo do Tribunal de Contas, a emissão de pareceres das Entidades do Ambiente… todo esse conjunto de procedimentos torna difícil um compromisso por parte da Águas do Algarve, que não os controla. Mas estamos a falar em obras que, se tudo correr bem, durarão cerca de 2 anos. A nossa previsão aponta para que estejam concluídas durante o ano 2017. É talvez uma visão um pouco otimista, sobretudo no caso da ETAR de Faro-Olhão, mas penso que seriam prazos ao alcance daquilo que são as competências dos empreiteiros.

V.A. – Além da construção das novas ETAR’s, que outras dinâmicas e projetos têm em mente?

 C.M. – Estamos com dois projetos muito interessantes na área da Eficiência Energética, ligada à Energia Solar, e tivemos recentemente alguns resultados concretos nessa linha de ação. A ETAR de Alcantarilha e a ETAR de Tavira chegaram, no final de agosto e durante o mês de setembro a ser praticamente autossuficientes em termos Energéticos. Naturalmente que isto não ocorre ao longo de todo ano, porque as horas de energia solar não proporcionam o mesmo tipo de eficiência, mas estamos convictos que com este tipo de solução iremos conseguir uma poupança energética de cerca de 30% a 35% ao longo de um ano civil. E portanto, sendo certo que a energia é um custo muito substantivo na nossa atividade, estamos em crer que vá ser um contributo importante para termos aqui grandes ganhos de eficiência.

Também na linha da eficiência temos outro desafio, que não está apenas ligado à área energética, mas à otimização dos outsourcings. Nós temos um custo de tratamento de metros cúbicos de águas residuais relativamente elevado aqui no Algarve. Eu sei que o Algarve tem um período crítico nos meses de junho, julho, agosto e setembro, que faz com que todos os cuidados sejam colocados na sua gestão e, portanto, esse foco eventualmente fará que num determinado período do ano tenhamos aqui algumas soluções que acabam por ter um custo elevado relativamente àquilo que é o padrão nacional, mas, ainda assim, gostaríamos de baixar os custos de operação, sobretudo das águas residuais.

Por sua vez, queríamos ainda aproveitar a circunstância de termos gente muito qualificada, para, eventualmente, promover mais investigação e desenvolvimento, quer no seio do próprio grupo Águas de Portugal, mas também com parcerias, nomeadamente com o Politécnico e com a Universidade do Algarve, tentando com essa iniciativa promover dois objetivos: por um lado a motivação dos nossos colaboradores, que estando envolvidos em projetos internacionais estarão com certeza também com uma motivação suplementar, e vão recolhendo aquilo que são boas práticas internacionais, e ao mesmo tempo, termos a oportunidade de partilhar com outros, aquilo que são assuntos em que fomos bem-sucedidos, tentando trazer autoestima para todos aqueles que aqui trabalham. E isso é para nós uma peça fundamental para o sucesso das empresas. Trabalhadores e colaboradores satisfeitos serão sempre uma mais-valia para a empresa.

V.A. – Já que aborda o tema de futuras parcerias, o que planeia fazer na área da investigação?

C.M. – Temos 3 ou 4 projetos que já estão a decorrer nesse sentido e tivemos também, recentemente, o anúncio de que ganhámos uma candidatura internacional para um projeto de investigação que faremos com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e com outras empresas do grupo. Estamos ainda a pensar fazer candidaturas no âmbito do inter-rail com entidades espanholas, no sentido de tirar algum partido de alguma expertise, mas também dos fundos, que são importantes. No caso concreto do Algarve, há aqui uma grande capacidade na área da engenharia ligada à temática da água no Algarve, e gostaríamos, de alguma forma, de partilhar esse conhecimento, não só através de alguns estágios para estudantes que estão em finais de curso na Universidade, mas também envolvendo professores da Universidade com os nossos colaboradores em outras linhas de investigação.

V.A. – Sendo a água da Águas do Algarve certificada enquanto bem alimentar, porque existe ainda um consumo tão elevado de água engarrafada?

C.M. – Eu sou muito sensível a essa questão. Nos primeiros 3 dias que passei no Algarve fui a 3 restaurantes e curiosamente vieram sempre trazer-me água engarrafada. Eu coloquei sempre a questão “Porque não a água da torneira?” e a reação da maioria das pessoas foi dizer que a água da torneira não era boa, mas depois não sabiam explicar o porquê. Alguns ainda têm a ideia da água salobra de há 10 anos atrás, foi um hábito que não mudou. Mas uma coisa é certa, estamos empenhados em fazer no próximo ano, antes do surto turístico, alguma campanha fomentando o consumo da água da torneira. Temos uma das melhores águas do País, portanto é estranho que as pessoas ainda manifestem essas ideias e receios. A água é o único produto em que as pessoas se prestam a pagar cerca de 1000 vezes mais por um produto similar engarrafado. Se fizermos a conta a quanto custa o metro cúbico, 1000 litros, de água da Águas do Algarve, ou seja, de água da torneira, comparativamente com aquilo que seriam mil litros de água engarrafada, a proporção é geralmente de 1 para 1000, no mínimo. Por essa razão é importante o nosso empenho em realizar campanhas em torno do consumo da água da torneira, desmistificando este aspeto.

V.A. – Quando faz planos a longo prazo para a Águas do Algarve fá-los para 3 anos, 6 ou 9?

C.M. – Nós quando assumimos este tipo de funções, sabemos que são funções de projeto. Para já estou empenhadíssimo em cumprir o mandato e cumprir aquilo que foram os objetivos que os acionistas traçaram para o Concelho de Administração, e tentar cumpri-los bem. Esse é o objetivo número um para este mandato que terminará daqui a cerca de 2 anos e meio. Quanto ao futuro, é tão grande o número de oportunidades que podem surgir… Os acionistas podem entender que seriam bom ficar mais um ciclo, como podem entender que será bom ir para outra empresa. Mas, para já, sinto-me bastante bem aqui. Muito entusiasmado. Ainda não tive oportunidade de tirar partido do maravilhoso tempo do Algarve, mas já é bom saber que as Bandeiras Azuis das praias Algarvias são, em boa parte, resultado do nosso trabalho, e essa já é uma enorme satisfação. Se os tratamentos das nossas ETAR’s não fossem bons, seguramente não haveria nenhuma Bandeira Azul no Algarve. E sem águas de qualidade, sem praias azuis, não haveria tantos turistas. E nesse âmbito, aproveito para acrescentar que o mês de julho deste ano foi o melhor mês de julho da história da empresa, com o histórico de vendas de água no Algarve a atingir valores superiores a qualquer outro mês de julho.

V.A. – Além das funções de Presidente da Águas do Algarve, também leciona. Como concilia as duas funções?

C.M. – Sim, sou professor de processos de construção e responsável de uma unidade curricular de Ordenamento de Território e Planeamento Regional e Urbano no Instituto Superior de Engenharia da Universidade de Lisboa, a mais antiga escola de engenharia de Lisboa. Lecionar é algo que faço também com muito gosto. Já sou docente do Ensino Superior há cerca de 23 anos, e a verdade é que quando fazemos as coisas com gosto e com energia, quase sempre conseguimos conciliar tudo, mesmo quando as coisas nos parecem inconciliáveis. Eu acho que, desse ponto de vista, os humanos tem a capacidade de realizar muitas coisas quando têm muita vontade. Mas, naturalmente, também tive a vantagem de ter pessoas no estabelecimento onde ensino que me proporcionaram um horário que me permite compatibilizar as duas funções.

V.A. – Para concluir, quais são exatamente os futuros planos para o tratamento e reutilização de águas residuais?

C.M. – Gostaria primeiro de deixar uma nota de que o grupo Águas de Portugal está neste momento empenhado em lançar aos Municípios um desafio que a Águas do Algarve também procurará dinamizar. Trata-se da possibilidade de vir a criar parcerias para fazer a gestão e operação das Redes Municipais. Essa será também uma aposta muito forte, no sentido de, por um lado, identificar se há essa vontade e, se ela existir, concretizá-la ao longo do ano de 2016 com os Municípios que vierem a mostrar essa vontade. Naturalmente não é algo que dependa apenas da Águas do Algarve, mas estamos em crer que alguns dos Municípios podem entende-lo como uma boa oportunidade de dar um salto em termos organizacionais e nos serviços prestados aos clientes. Por sua vez, estamos também empenhados em desenvolver um plano que nos pode aproximar de algum tecido empresarial, concretamente com a aposta na reutilização das águas residuais tratadas para outros usos e finalidades, tendo uma lógica de otimização do recurso água. Neste âmbito, os campos de golfe são potenciais utilizadores dessas águas residuais tratadas, assim como as regas de espaços verdes, eventualmente a agricultura dependendo dos produtos agrícolas, e também empresas que utilizem água para refrigeração. Estamos atualmente a identificar qual o potencial que existe aqui no Algarve. A loja IKEA pode ser um bom exemplo. Uma das lojas IKEA mais eficientes da Europa usa águas residuais, e como vai haver no Algarve uma grande loja IKEA, estamos a pensar lançar o desafio para um projeto similar, tendo em conta que esta empresa já tem experiência nessa área. Assim, o objetivo desta proposta será oferecer um custo mais atraente para as empresas, atrair receita para nós e o Ambiente fica a ganhar, porque estamos a privilegiar um melhor uso da água, e quando as três partes ganham, há todas as condições para haver um projeto de sucesso. 

Por: Nathalie Dias


Engº Carlos Manuel Martins

Presidente Executivo da Águas do Algarve, S.A.

 

Mestre em Planeamento Regional e Urbano, (UTL)

Licenciado em Engenharia Civil (IPL)

Doutorando em Administração Pública (Universidade de Lisboa)

Membro da Ordem dos Engenheiros com nível de qualificação sénior e outorga do grau de especialista em engenharia sanitária

Presidente do Conselho de Administração da Águas do Algarve, SA, desde Julho último até à data presente.

Gestor da UNAPD, do grupo AdP – Águas de Portugal, SGPS, desde 2012 e desde essa data até junho de 2015, acumulando as funções de Presidente do Conselho de Administração da SIMTEJO, SA, Presidente do Conselho de Administração da SANEST SA, Presidente do Conselho de Administração das Águas do Oeste, SA, Presidente do Conselho de Administração da Águas do Zêzere e Côa, SA e Gestor UNAPD da Águas do Centro, SA.

De 2009 a 2012 exerceu funções de Administrador da EGF – Empresa Geral de Fomento, SA, sendo ainda Presidente do Conselho de Administração da AMARSUL, SA, Vogal do Conselho de Administração da VALORSUL, SA, Presidente do Conselho de Administração do ACE EGF/DOUROGÁS, Vogal do Conselho de Administração da AQUASIS, SA, Vogal do Conselho de Administração da AdP SERVIÇOS AMBIENTAIS, SA,

Presidente da Comissão Executiva (CEO) da SIMTEJO,SA, entre 2007 e 2009, sendo membro do Conselho de administração dessa empresa de 2005 a 2007 em representação da Câmara Municipal de Loures.

Foi Vogal do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Loures entre 2002 e 2007.

Exerceu funções de Vice-Presidente do Instituto dos Resíduos, do Ministério do Ambiente entre 1997 e 2002.

Dirigente dos Serviços Municipalizados de Loures de 1982 a 2002, onde exerceu funções técnicas de 1979 a 1982.

Professor Especialista em Engenharia Sanitária do Instituto Politécnico de Lisboa exerce como Equiparado a Professor Adjunto no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, desde 1991, onde leciona atualmente Processos de Construção e Reabilitação de Edifícios.

Foi membro do Conselho Científico do ISEL e do Centro de Estudos do ISEL e responsável da Unidade Curricular de Ordenamento do Território.

Coordenador do GRAPESB – Grupo de Resíduos da Associação Portuguesa de Estudos de Saneamento Básico, sendo atualmente membro do respetivo grupo e Representante de Portugal no “bord” da ISWA – International Solid Waste Association de 2002 a 2005

Presidente da APDA – Associação Portuguesa das entidades gestoras de Distribuição e Drenagem de Água de 2003 a 2009 e Presidente da European Federation of National Associations of Water Services - EUREAU - 2005/2006, Bruxelas.

Membro do Senado da ISR - Fundacion para la Sustentabilidade de los Recursos, Madrid e foi Membro suplente do Conselho Consultivo da ERSAR – Entidade Reguladora de Água e Resíduos de 2009 a 2012.