A Horta Comunitária de Faro (localizada no Sítio do Patacão) foi inaugurada no dia 7 de setembro, no âmbito das comemorações do Dia da Cidade.

«Gostaríamos de expandir este espaço», afirmou Rogério Bacalhau, Presidente da Câmara Municipal de Faro, no momento da entrega das chaves aos utilizadores deste novo espaço. «Vamos ver com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP) se será possível e, se tivermos mais terreno, podemos criar condições para que outras pessoas possam usufruir deste tipo de atividade», concluiu o autarca farense, recordando que já existia uma Horta comunitária criada pela Câmara Municipal de Faro (CMF) «na cidade velha, em 2010, com um espaço muito exíguo». O desejo de «criar melhores soluções» materializou-se, como explicou o Presidente da CMF, com a ajuda da DRA, a quem agradeceu a cedência do terreno que agora se transformou na Horta Comunitária de Faro. A colaboração e envolvimento dos utentes que irão «usufruir do nosso trabalho e investimento» também foram evidenciados por Rogério Bacalhau.

Ao todo, foram disponibilizados 26 talhões, não apenas a particulares, mas a algumas instituições de solidariedade social, nomeadamente à APPC Faro - Associação para a Intervenção e (Re) habilitação de cidadãos com Deficiência e/ou Incapacidades neurológicas, à APATRIS 21 -Associação de Portadores de Trissomia 21 do Algarve e à Glocal Faro - Organização de Conservação do Ambiente.

Os utilizadores terão como obrigação praticar uma agricultura promotora da sustentabilidade e do que é biológico, contribuindo, desse modo, para a consciencialização relativamente aos problemas ambientais, colaborando, diretamente, para que Faro seja uma cidade cada vez mais verde. «Vamos ter acompanhamento da DRA e dos nossos serviços, para garantir alguma formação e desenvolvimento de boas práticas», salientou Rogério Bacalhau, acrescentando que «ensinar também é um dos objetivos» deste projeto, ainda que, referiu, «alguns já possam ter prática destas atividades».

Sublinhando este aspeto e referindo que há «sempre condições para aprender» e dando enfase ao desenvolvimento de usos mais sustentáveis do terreno, a ALGAR oferecerá, aos detentores dos talhões, composto biológico, que poderá ser usado na preparação dos seus produtos hortícolas.

Esta iniciativa da autarquia tem, ainda, como objetivo principal contribuir para a melhoria da economia familiar de todos os que receberam o seu espaço de cultivo, já que produzindo bens alimentares, estes munícipes beneficiam de um apoio à sua alimentação e às suas poupanças. «Aqui podem fazer as vossas atividades, podem espairecer, podem ter, também, alguma economia familiar, sobretudo hoje, com os custos da alimentação a aumentarem», destacou o edil, afirmando que «tudo está mais caro do que há seis meses, ou um ano». Assim, este aspeto assume particular relevância, constituindo-se esta iniciativa como uma forma de a autarquia apoiar socialmente a população do concelho, proporcionando uma ajuda extra a diversos agregados familiares.

Simultaneamente, este projeto contribui para que se promova a saúde e a qualidade de vida dos utilizadores, através da adoção de comportamentos e hábitos de vida mais saudáveis, do contacto com a natureza e com a diminuição do sedentarismo.

Recordamos que o concurso para atribuição dos talhões teve lugar em fevereiro e março deste ano.