GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

Loulé é nome de concelho e de cidade. Esta almedina, fundada e denominada pelos Árabes de Al-Ulya, recebeu o foral de vila em 1266. Por decreto passou a cidade em 1988.

É o concelho mais populoso do Algarve – 72 400 habitantes e também o mais extenso - 768 km2, ocupando o centro da Província, do mar ao Alentejo e faz fronteira com outros sete… O orçamento municipal é avantajado - 200 milhões € e alberga mais de 2000 funcionários municipais.

Durante a semana Loulé metamorfoseia-se de aldeia, vila e cidade…

Cidade – nos sábados de manhã transforma-se em cidade, animada pelo mercado Municipal, com restaurantes e cafés a abarrotar…

Vila – durante a semana apresenta uma vida normal para uma Vila que vem decaindo desde a autopromoção a cidade. O comércio local não tem convivido bem com as grandes superfícies; a pouca indústria e mineração têm regredido; a agricultura foi desinventada; o interior abandonado; a aposta na Universidade foi um fiasco e as obras públicas mais prementes gradualmente esquecidas… planeamento é conceito maldito que deu lugar a preconceitos vários.

Aldeia – aos sábados, depois das 13 H, fica deserta até á 2ª feira seguinte.

Trata-se do culminar de um ciclo milenar, em que se volta á situação da almedina, copiando o modelo dos seus fundadores Árabes, petróleo dependentes, que importam tudo o resto e entretém a clientela com empregos fictícios, enquanto o tecido económico é exógeno.

A Municipalidade vive da monocultura do turismo das freguesias de Quarteira e Almancil. Apesar do elevado número de funcionários e de nos respetivos currículos constar a proximidade parental e/ou o carimbo partidário, licenças municipais e pareceres demoram anos (palavras do Presidente). O voluntariado é mal visto e serviços como piscinas, bibliotecas ou museus fecham ao fim-de-semana, quando fazem mais falta.