A Orquestra Jazz de Matosinhos vai interpretar, no domingo, músicas de Zé Eduardo, no Teatro das Figuras, em Faro, no âmbito do festival Os Dias do Jazz, que decorre na cidade até 22 de maio.

A orquestra do norte do país sobe ao palco no segundo espetáculo da 6.ª edição do festival, que retoma a normalidade “após dois anos de interregno”, mas com “alguns momentos de programação”, devido à pandemia de covid-19, destacou Gil Silva, diretor da sala algarvia.

O diretor do Teatro das Figuras disse à Lusa que Os Dias do Jazz são um festival criado em 2015 que tem como principal objetivo levar o jazz “não só ao Teatro Municipal de Faro, mas também à cidade”, com concertos que se realizam nas salas de espetáculo convencionais, mas também em espaços de parceiros e colaboradores que permitem uma maior dispersão da programação.

Depois do Teatro das Figuras, o festival rumará ao Teatro Lethes, a outra grande sala de espetáculos de Faro, onde, no dia 13 de maio, será feita a “apresentação de um projeto do Pedro Branco, com João Sousa”, que irá fazer uma “reinterpretação do primeiro álbum do Marco Paulo”, prosseguiu Gil Silva.

A Associação Recreativa e Cultural de Músicos de Faro é uma das entidades que colaboram com o festival, acolhendo, no dia 18, uma atuação de João Frade Trio, juntamente com a Casa das Virtudes, onde se realiza, no dia 21, um concerto de Sónia “Little B” Cabrita 4tet, antecipou ainda o diretor do Teatro das Figuras.

O último grande espetáculo do cartaz fica a cargo de Nebuchadnezzar, no dia 22, no Clube Farense, mas o festival conta também, “além dos concertos em si”, com “outras atividades” como uma ‘masterclass’ ou ‘jam sessions’, que vão acontecer durante o festival na Associação de Músicos.

Gil Silva sublinhou que estas iniciativas “são abertas” e as pessoas podem participar, havendo, por exemplo, um “conjunto base que assegura a ‘jam session’ e depois os músicos vão entrando e participando”, sendo apenas necessário “aparecer e tocar”.

“O festival tem também uma particularidade, que é a de todas as bandas que estão no cartaz terem músicos do Algarve ou com ligações ao Algarve, o que é muito interessante e também mostra a vitalidade do jazz no Algarve”, considerou.

Gil Silva disse ainda que “o jazz é um estilo de música que por si tem a improvisação na sua génese” e realçou a importância de “também mostrar esta faceta e este estilo de música ao público” do festival e Faro, “que tem aderido bastante bem” a esta proposta.

Gil Silva fez ainda um balanço positivo do espetáculo de estreia do festival, no sábado passado, com a Orquestra de Jazz do Algarve e Vânia Fernandes, que levou à sala do Teatro das Figuras “mais de 400 espectadores”, mostrando que o público local tem “vontade de consumir, apreciar e desfrutar deste género musical”.

 

Por: Lusa