A Assembleia da República vai ouvir o vice-almirante Gouveia e Melo para um balanço da atividade da «task force» que coordenou a vacinação contra a covid-19, anunciou hoje o presidente da Comissão eventual de acompanhamento da pandemia.

A audição do antigo coordenador da `task force´ foi decidida hoje pela Comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social.

Um dos pontos da reunião desta comissão era votação do requerimento do grupo parlamentar do PSD para audição do vice-almirante apresentado em 28 de setembro, no mesmo dia em que foi anunciado o fim do grupo de trabalho que coordenou a logística da vacinação contra a covid-19.

Segundo o presidente da Comissão eventual, os deputados decidiram, no entanto, não votar o requerimento da bancada social-democrata, uma vez que já tinha sido aprovado um outro requerimento no final de 2020, que previa a audição regular do coordenador da `task force´.

“Aquele requerimento tem um objeto que é coincidente com um requerimento previamente aprovado. Nesse sentido, foi meu entendimento dispensar o requerimento da votação, porque o objeto já estava consumado no requerimento inicial que previa a sua audição”, adiantou à Lusa o deputado socialista Luís Testa.

Segundo disse, a audição de Henrique Gouveia e Melo, que será realizada em conjunto com a Comissão de Saúde da Assembleia da República, destina-se ao balanço do processo de vacinação que arrancou em 27 de dezembro de 2020.

De acordo com Luís Testa, a data para a audição será agora articulada com a Comissão de Saúde e com o ex-coordenador da `task force´.

O relatório da Direção-Geral da Saúde divulgado terça-feira refere que, no total do país, mais de 8,7 milhões de pessoas (84%) já completaram a vacinação contra o vírus SARS-CoV-2, e que mais de 8,9 milhões (87%) receberam pelo menos uma dose.

A `task force´ estimava que atingir a meta de 85% da população totalmente vacinada no final de setembro ou na primeira semana de outubro.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.004 pessoas e foram contabilizados 1.072.037 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.