Os preços das casas para comprar em Portugal subiram 8,4% num ano, considerando os dados de setembro de 2021 e o mesmo mês do ano passado. Segundo o índice de preços do idealista, no final do mês de setembro de 2021, comprar casa tinha um custo de 2.266 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo em conta o valor mediano. Já em relação à variação trimestral, a subida foi de 1,9%.
Regiões com valores mais altos e mais baixos para comprar casa
Durante o último ano, os preços das casas subiram em todas as regiões. A Região Autónoma da Madeira lidera a lista apresentando uma subida na ordem dos 17,4%, sendo a maior subida a nível nacional. Seguem-se a Área Metropolitana de Lisboa (10,1%), o Algarve (7,9%), o Centro (7,8%), o Norte (7,1%), o Alentejo (5,8%) e a Região Autónoma dos Açores (4,7%).
A Área Metropolitana de Lisboa, com 3.252 euros/m2, continua a ser a região mais cara, seguida pelo Algarve (2.527 euros/m2), Norte (1.914 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (1.872 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (1.044 euros/m2), o Alentejo (1.088 euros/m2) e o Centro (1.168 euros/m2) que são as regiões mais baratas.
A Região Autónoma da Madeira registou o maior aumento / Wikimedia commons
Distritos/Ilhas mais caros e mais baratos para comprar casa
Dos distritos analisados, as maiores subidas tiveram lugar em Vila Real (19,9%), Ilha da Madeira (17,4%), Évora (14,7%), Setúbal (12,5%), Aveiro (12,4%), Lisboa (10,2%) e Leiria (9,5%), Seguem-se na lista o Porto (8,4%), Faro (7,9%), Santarém (6,6%) e Castelo Branco (6,1%). As subidas menos acentuadas foram em Beja (4,5%), Ilha da Terceira (3,7%), Viseu (1,2%), Ilha do Faial (0,9%) e Coimbra (0,7%).
Em sentido contrário, os preços das casas para comprar desceram em Portalegre (-5,9%), Bragança (-1,7%), Guarda (-1,2%) e Ilha do Pico (-1,1%).
De referir que o ranking dos distritos mais caros para comprar casa é liderado por Lisboa (3.601 euros/m2), seguida por Faro (2.527 euros/m2), Porto (2.263 euros/m2), Ilha da Madeira (1.884 euros/m2) e Setúbal (1.871 euros/m2). Comprar casa em Aveiro custa 1.371 euros/m2, no Porto Santo 1.362 euros/m2, Leiria 1.245 euros/m2, Coimbra 1.192 euros/m2 e Braga 1.179 euros/m2.
Os preços mais económicos de casas para comprar encontram-se em Portalegre (597 euros/m2), Guarda (637 euros/m2), Castelo Branco (738 euros/m2), Bragança (761 euros/m2), Beja (815 euros/m2) e Santarém (841 euros/m2).
Quais as capitais de distrito mais dispensiosas e económicas para comprar casa?
Os preços das casas aumentaram em 16 capitais de distrito, com Setúbal (17,9%), Aveiro (17%) e Vila Real (14,7%) a liderarem a lista. Seguem-se Viseu (13,1%), Funchal (11,3%), Évora (11,1%), Braga (10%), Leiria (9,6%), Faro (7,7%), Lisboa (7,1%), Viana do Castelo (7,1%), Santarém (6,3%) e Guarda (5,6%). Já em Castelo Branco a subida foi de 4,9%, no Porto de 4% e em Beja de 1,7%.
Por outro lado, os preços desceram em apenas quatro capitais de distrito, sendo a maior queda registada em Portalegre (-9,7%) seguida por Coimbra (-2,9%), Bragança (-2,8%) e Ponta Delgada (-2,1%),
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro comprar casa: 4.942 euros/m2. Porto (3.011 euros/m2) e Faro (2.098 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Já as cidades mais económicas são Portalegre (632 euros/m2), Guarda (728 euros/m2) e Bragança (773 euros/m2).
O índice de preços imobiliários do idealista
A partir do relatório referente ao primeiro trimestre de 2019, a metodologia de elaboração deste estudo foi atualizada. Após a incorporação do idealista/data no grupo idealista, foram introduzidas novas fórmulas de cálculo que contribuem para uma maior precisão na análise da evolução dos preços, particularmente em pequenas zonas. Ainda assim, a amostra na Ilha das Flores (Açores) não foi contemplada no estudo, por não ter sido considerada representativa nas datas em análise.
Por recomendação da equipa estatística do idealista/data, a fórmula para encontrar o preço médio foi atualizada: além de eliminar anúncios atípicos e com preços fora do mercado, calculamos o valor mediano em vez do valor médio. Com esta mudança, além de tornar o estudo mais próximo da realidade do mercado, homologamos a nossa metodologia com as que se aplicam em outros países para a obtenção de dados imobiliários.
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O relatório continua a ter como base os preços de oferta publicados pelos anunciantes do idealista.
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/
Por: Idealista
