Custódio Guerreiro, cabeça de lista do Chega à Câmara de Faro, parte para as eleições com a vitória em mente e considera que a sua experiência de gestor pode ajudar a melhorar o futuro de munícipes e empresas do concelho.

Com 57 anos, Custódio Guerreiro tem trabalhado na área da hotelaria e aspira a fazer do Chega a força política mais votada, devolvendo à cidade o seu estatuto de “capital do Algarve” e atraindo investimento para o concelho, disse o próprio à Lusa.

O cabeça de lista sublinhou que “não se concorre em vão” e que o objetivo da sua candidatura é mesmo “ganhar”, mas assegurou que o Chega é um partido democrático e vai “aceitar o que a população ditar nas mesas de voto”.

“Estou seguro de que constituirei uma equipa de trabalho válida com o resultado das eleições. Sou uma pessoa de consensos”, afirmou o candidato do Chega, partido que vai pela primeira vez a votos numas autárquicas no escrutínio agendado para 26 de setembro.

Formado em Gestão pela Universidade do Algarve, Custódio Guerreiro considerou que é necessário Faro aproveitar os seus “conhecimentos e experiência para trazer qualidade de vida” à população, e “atrair e alavancar o investimento privado”.

O candidato classificou como “muito positivo” o retorno que tem tido dos eleitores do concelho, onde considera que os votantes “estão recetivos à mudança” e “procuram um executivo que trabalhe em prol da construção de um futuro promissor para a sua cidade”.

“Combaterei os lóbis e interesses instalados, privilegiando a integridade e a transparência. A corrupção e o clientelismo serão também alvos da minha especial atenção. Os cargos públicos têm de ser ocupados por profissionais selecionados por critérios de competência, pois são pagos com o dinheiro dos farenses”, afirmou o candidato.

Estabelecido na atualidade como empresário de restauração e alojamento local, o que “compreende a propriedade e gestão de um restaurante e três alojamentos locais”, Custódio Guerreiro aposta agora na candidatura à Câmara para “construir um futuro” e fazer de Faro “uma cidade próspera e mais próxima dos munícipes, na qual seja agradável viver, trabalhar, criar uma família”.

Esta é a estreia do Chega em eleições autárquicas. O partido foi fundado em abril de 2019, tendo já participado nesse ano nas legislativas e nas regionais madeirenses.

Em 2020, concorreu nas regionais açorianas e assumiu acordos de incidência parlamentar que viabilizam o Governo Regional PSD/CDS-PP/PPM, e em janeiro passado participou nas presidenciais.

A Câmara de Faro é governada desde 2009 pela coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM, primeiro com Macário Correia, depois com Rogério Bacalhau, que conseguiu uma reeleição em 2017 e se candidata agora ao seu terceiro e último mandato.

Nas eleições autárquicas de 2017, a coligação obteve 43,94% dos votos, conquistando cinco dos nove eleitos em disputa, contra quatro do PS, segunda força mais votada, com 38,06% dos votos.

A CDU (PCP/PEV) ficou em terceiro lugar, com 7,38% dos votos, seguida do BE, com 3,06%, do PAN, com 2,32%, e da candidatura independente liderada por Humberto Correia, conhecido como ‘candidato do amor’, que reuniu 1,38% dos votos.

Além de Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM), Custódio Guerreiro tem como rivais João Marques (PS), Catarina Marques (CDU), Aníbal Coutinho (BE) e Elza Cunha (PAN).

Nas eleições autárquicas de 26 de setembro estão em disputa um total de 2.064 mandatos nas câmaras municipais e de 6.448 lugares nas assembleias municipais.

 

Por: Lusa