O Rio Ave conseguiu hoje a primeira vitória da época no campeonato ao bater o Farense por 1-0, em jogo da quinta jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Faro.

Um golo de Carlos Mané, aos 20 minutos, garantiu o triunfo da equipa vila-condense, frente a um Farense que continua sem vencer no campeonato.

Com esta vitória, o Rio Ave está em 10.º lugar, com seis pontos, enquanto o Farense é 18.º e último classificado, com apenas um ponto.

Jogo no Estádio Algarve.

Farense - Rio Ave, 0-1.

Ao intervalo: 0-1.

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0-1, Carlos Mané, 20 minutos.

 

Equipas:

- Farense: Rafael Defendi, Alex Pinto (Mansilla, 56), César Martins, Eduardo Mancha, Fábio Nunes, Cláudio Falcão (Bilel, 82), Amine, Lucca (Madi Queta, 56), Fabrício Isidoro, Ryan Gauld e Stojiljkovic (Patrick, 82).

(Suplentes: Hugo Marques, Cássio, Abner, Filipe Melo, Hugo Seco, Madi Queta, Mansilla, Patrick e Bilel).

Treinador: Sérgio Vieira.

- Rio Ave: Kieszek; Ivo Pinto, Borevkovic, Nélson Monte, Fábio Coentrão (Pedro Amaral, 48), Pelé, Filipe Augusto, Lucas Piazon, Diego Lopes (Gabrielzinho, 90+1), Carlos Mané (Tarantini, 78) e Ronan David (Gelson Dala, 46).

(Suplentes: Léo Vieira, Gelson Dala, Tarantini, Bruno Moreira, Francisco Geraldes, Pedro Amaral, Meshino, Gabrielzinho e André Pereira).

Treinador: Mário Silva.

 

Árbitro: Manuel Oliveira (Porto).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Filipe Augusto (25), Ronan David (31), Cláudio Falcão (41), Borevkovic (46), Fabrício Isidoro (64), Diego Lopes (79), Pelé (79), Mansilla (79), Amine (83) e Pedro Amaral (84).

Assistência: 830 espetadores.

Sérgio Vieira (treinador do Farense): "Foi um jogo extremamente ingrato, um jogo inacreditável, fruto das circunstâncias que aconteceram. É muito injusto o resultado final. Só uma equipa merecia ganhar, éramos nós. Não só pela forma como entrámos em campo e pela forma como buscámos os três pontos, às vezes não de uma forma muito incisiva na criação de situações, mas extremamente dominadores.

As situações do Rio Ave resultaram de erros nossos, da ansiedade de querermos rapidamente jogar, com perdas de bola no meio-campo dos nossos centrais. Foi algo que corrigimos ao intervalo e, na segunda parte, praticamente nem se viu o Rio Ave. Foi um jogo totalmente dominado, mas em que não fomos felizes.

E depois foi também inacreditável o que aconteceu hoje, pela equipa de arbitragem, algo que pode acontecer, mas que em função da fase que vivemos ainda acontecer isto.

Não foi só o golo. Foram tomadas de decisão, jogadores que fizeram faltas atrás de faltas e não levaram amarelo, as perdas de tempo do Rio Ave e depois só dá cinco minutos de compensação. Muitos aspetos que fomos vendo ao longo do jogo e que não vale a pena estar a enumerar, nem nos agarrar a isso, porque o árbitro pode ter também uma tarde infeliz, e teve-a, mas faz parte do jogo.

(Lance polémico no primeiro minuto) Ele pediu desculpa, porque se precipitou a apitar antes [de a bola entrar na baliza]. Houve muita precipitação nesse e noutros lances. [Houve reconhecimento] logo ao intervalo, que se precipitou e errou ao anular o lance.

[A situação na tabela] começa a preocupar, não do ponto de vista do trabalho, da competência, mas do ponto de vista da energia. Vou conversar com a minha equipa técnica, com o presidente e com os jogadores para perceber o que é melhor para o futuro do clube.

Trabalhamos com muita competência, mas às vezes é preciso refletir. Estamos a fazer um trabalho muito difícil e competente, mas não temos sido felizes no desfecho final dos jogos. Temos feito grandes jogos e, devido a pequenos erros, temos perdido pontos.

Da minha parte, vão continuar a ter um homem determinado, com coragem, a honrar o emblema, a história do clube e os valores incutidos pela administração, mas o futebol é feito de resultados e, infelizmente, temos um ponto. Não era isso que queríamos, merecíamos ter muitos mais.

Vamos conversar. O que for melhor para o clube. O que chegarmos à conclusão do que é melhor para o clube, a gente vai por esse caminho. Até agora, o melhor para o clube era trabalhar sempre dentro desta lógica: superar dificuldades, cair e levantar, agregar toda a gente, mesmo quem não tem mentalidade vencedora ou mentalidade para este nível competitivo, mas às vezes é preciso outro tipo de medidas.

Da minha parte, essa forma de estar vai sempre estar presente na minha carreira e é importante que essa energia seja de todos, internamente, dos nossos adeptos, da cidade e da região, porque o Farense é um clube enorme e merece dar continuidade a este projeto na I Liga."

Mário Silva (treinador do Rio Ave): "A justiça das vitórias, dos empates ou das derrotas está sempre no resultado final, como é lógico. Às vezes, merecida ou menos merecida, isso pode ser discutível.

 

É uma vitória que procurávamos há algum tempo e que merecíamos há algum tempo e que surgiu só neste momento.

Salientar a grande competitividade que nos deu o Farense, num jogo difícil, num campo difícil, contra uma equipa forte. O campeonato este ano está muito competitivo, com equipas equilibradas, bons jogadores e bons treinadores, o que torna tudo mais difícil para todas as equipas.

Depois de tudo o que passámos nestes dois meios e meio, acho que merecíamos uma vitória. Não foi uma exibição que a mim, pessoalmente, me agradasse, não fizemos um jogo com a qualidade que desejamos, mas hoje o mais importante era ganhar o jogo e somar os três pontos.

Estamos satisfeitos com o rendimento do Fábio e de todos os jogadores. Nalguns momentos, soubemos também jogar e em todos os momentos soubemos defender e saber sofrer. Acreditem que não é fácil jogar contra o Farense e acho que todos os jogadores estiveram a um nível que me agrada e acho que o triunfo é merecido.

Lance no primeiro minuto? Sinceramente, ainda não vi as imagens. No momento, no campo, pareceu-me um choque. Não tenho opinião concreta sem ver as imagens, mas se o árbitro estava por perto e assinalou, temos de acreditar."