Contrato de investimento entre a energética espanhola e o Governo foi assinado esta quarta-feira (13 de outubro de 2021).

57 milhões de euros. Este é o montante que a Repsol vai investir na ampliação do Complexo Industrial de Sines, tendo o contrato de investimento entre a energética espanhola e o Governo sido assinado esta quarta-feira (13 de outubro de 2021), numa cerimónia que contou com a presença do primeiro António Costa e do ministro da Economia Pedro Siza Vieira. 

A Repsol revela, em comunicado, que se trata de um projeto considerado pelo Executivo de Potencial Interesse Nacional (PIN), uma classificação reservada aos investimentos que supõem uma contribuição significativa para a economia nacional, estado em causa incentivos fiscais ao investimento no valor de até 63 milhões de euros. 

O que vai ser construído? O investimento prevê a construção de duas fábricas de polímeros, cada uma com capacidade de 300 mil toneladas por ano, com produtos 100% recicláveis, com conclusão prevista para 2025. Trata-se daquele que será o “maior investimento industrial realizado nos últimos dez anos em Portugal”, realça a Repsol.

Costa fala em “confiança no futuro da economia portuguesa”

Citado pela Lusa, António Costa, disse que o investimento da Repsol vai permitir ultrapassar, já em outubro, o recorde de investimento direto estrangeiro alcançado em 2019: “Com a assinatura deste contrato, alcançamos já o objetivo que nos tínhamos proposto de, neste ano de 2021, termos ultrapassado o recorde de investimento direto estrangeiro que tínhamos alcançado em 2019”.

Para o primeiro-ministro, este “é um sinal importante para a confiança no futuro da economia portuguesa” e da “capacidade de recuperação, mas também de transformação” da economia nacional.

“O reforço da capacidade do Porto de Sines, a ligação ferroviária de Sines à fronteira com Espanha, o desenvolvimento em perfil de autoestrada da ligação de Sines à autoestrada do Sul, valorizarão muito esta posição geoestratégica”, reforçou.

Segundo António Costa, Sines continuará “a atrair novos investimentos”, não só na economia tradicional, mas também “na nova economia de dados”, dando o exemplo do primeiro cabo de fibra ótica que liga a Europa à América do Sul e África.

Sines na “dianteira da quarta revolução industrial”

Já o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, disse que o município alentejano quer “estar na dianteira de uma quarta revolução industrial”, mantendo assim a posição estratégica para o país e para Europa.

“Se nos anos 70, Sines esteve na dianteira da chamada terceira revolução industrial, agora com este conjunto de investimentos queremos estar na dianteira de uma quarta revolução industrial”, referiu, citado pela Lusa.

 

Por: Idealista