por Natália Dias Pereira Salvador Sousa

Que perfeita união

Olhos, ouvidos, sangue

Cérebro e coração,

E todos os órgãos unidos são.

 

O cérebro na sua função

Tudo transmite ao coração

Nele incute alegria ou tristeza

Atos terríveis ou de grandeza

Mas nem sempre de acordo estão.

 

Os olhos e os ouvidos

Segundo os seus sentidos

Ao coração são transmissores

O coração recetor

Logo sente alegria ou dor

Conforme os factos transmitidos

 

Vive o coração, se o sangue corre

Se o coração para, o sangue morre.

 

São as mãos submetidas

Às ordens do cérebro e do coração

Conforme as ordens tidas

Boas ou más obras farão,

Que estes órgãos tão perfeitos

Fossem apenas sujeitos

À mais sublime condução.

 

Todos os órgãos em ligação

O corpo deles precisa

Tendo em conta e atenção

A esmerada função

De toda a parte digestiva.

 

A boca fala e alimenta

Os braços que a sustenta

Cada qual com sua função

Todos os órgãos do corpo são

Verdadeira fineza

Dádivas de Deus e da natureza.

 

Dominados p’lo cérebro são

Os órgãos da procriação

Com seu devido respeito

Que o domínio seja feito

Em respeitável condição.

 

Com saúde que tanto importa

Pelo cérebro conduzido

É o corpo concluído

Com as pernas que o transporta.

 

A pele e os músculos são

Para o que são com certeza

E em tão ligada introdução

Estão os ossos que dão

Ao corpo a forma e a firmeza.

 

Dentro da normalidade

Nenhum órgão é dispensado

Todos necessários são,

Mas pela condição que é tida

Nenhum órgão terá vida

Se faltar os da respiração.

        Eis que perfeita união.