Por: Manuel Possolo Viegas

O povo está desolado

Por ver desgraça tamanha

Queima o verde e o seco

Rastolho e outro mato

Árvores grandes e

pequenas

Animais em agonia

Os seus bens são dizimados 

Sofrimento sem esperança

Esperando um novo dia

                                    

Os bombeiros, homens valentes

A sua farda é uma esperança 

Arriscam a própria vida

Com muita confiança

           

De mãos postas para o céu

Ouvem-se gritos de dor

chamam pelos bombeiros

outras ajudas também 

O fogo consome tudo

Até aparecer alguém

                                           

Quem são os incendiários 

Que na calada da noite

Utilizam armadilhas

Causando traumas profundos

Que destroem a natureza

Poucos são os apanhados

Para que sejam julgados

E que não sejam poupados

                                              

Convidam-se homens sabidos

Novas leis são aprovadas

Gabinetes e mais pareceres 

Não passam de palhaçadas.

                

Pulseiras eletrónicas aplicadas

Para alguns reincidentes 

Se não houver pulso forte

Eles mantêm-se presentes 

                                

Sofremos por tudo isto

Outras desgraças também 

A vida é mesmo assim 

Não depende de ninguém