Mais do que criar, ela escolhe “revelar”, propondo assim uma via de acesso à sua visão paralela do quotidiano. Maria Tomé encena o seu mundo com os instrumentos que a rodeiam: câmeras fotográficas, tesouras, x-atos, agulhas, deixando sempre espaço para o acaso.
Os encontros, os diferentes oficios de que se ocupa no cinema, a moda, são tantas experiências, que quando sequenciadas, recontam um pouco da história que encena hoje. Nasceu em São Brás de Alportel em 1961, vive e trabalha em L’lle St Denis, Paris. Foi assistente do fotógrafo James Lignier de 1981 – 87, estilista de tomadas tomadas de vista 1986-91 fotógrafa no CIC.
George Clinton, um dos pais da música funk, para quem Maria Tomé cria peças de vestir, é um dos seus maiores colecionadores, peças a partir de imagens bordadas e impressões sobre tecidos, constituem o suporte do seu imaginário e tornam se espaço da sua própria encenação. Ela assina-as HUMM.
