Pela primeira vez na história do PSD, nas eleições diretas que Rui Rio venceu, vai ter lugar uma segunda volta, devido às três candidaturas que se apresentaram ao escrutínio dos militantes.

Na minha opinião, este é um claro sinal de democracia interna, já que todos os candidatos puderam expressar livremente as suas ideias e defender os seus programas.

Rui Rio venceu no sábado a primeira volta com 49,44%, e ficou a 0,46% de chegar à maioria absoluta, enquanto o segundo candidato mais votado obteve 41,26%.

Perante este resultado, a segunda volta exige dos militantes um grande discernimento e não podemos esquecer que, ao eleger o presidente do Partido, estaremos igualmente a eleger o líder da Oposição e o futuro primeiro-ministro, sendo este o primeiro passo da mudança política que almejamos para o país.

Rui Rio obteve os votos dos que, com convicção, defendem um PSD mais unido e preparado para as batalhas que se avizinham, nomeadamente as autárquicas, pelo que na segunda volta, é essencial a participação de todos os companheiros, numa demonstração clara do sentido de responsabilidade dos militantes, que têm assim de consolidar em 18 de janeiro a vitória obtida na primeira volta do ato eleitoral.

Seria um fator de desilusão desperdiçar votos, quando podemos contribuir de forma decisiva para que a liderança de Rui Rio se consolide e a história do PSD fique enriquecida por um ato democrático, em que imperaram os valores que nos permitirão colocar os interesses de Portugal em primeiro lugar. 

Gostaria ainda de realçar que nas 16 concelhias da região algarvia, Rui Rio obteve 59,66% dos votos expressos em 11 de janeiro uma votação bem expressiva que representa o sentir e o pensar dos militantes, a quem cabe agora a responsabilidade de consolidar a sua escolha e preferência por Rui Rio.

No congresso de Viana do Castelo, onde será empossada a nova direção, e que vai decorrer a 7, 8 e 9 de fevereiro, desejo que seja consagrado o líder que defende a social-democracia, valores dos quais não prescindo.

Como sempre defendi publicamente, acredito num partido liderado por quem respeite esses valores por quem quer “fazer do PSD um instrumento eficaz para servir Portugal”, como declarou Rui Rio.

Podem contar comigo para continuar a lutar para que o PSD esteja atento a todos os anseios, quer dos seus militantes, quer da maioria dos portugueses, em nome do futuro do país. 

Atualmente na Assembleia da República, como deputado do PSD eleito pelo Algarve, assumo a responsabilidade de defender a nossa região, e pretendo continuar a pugnar para que as origens do PSD se mantenham e as forças internas se reforcem no sentido de sermos dignos da herança de Sá Carneiro.

 

Rui Cristina