O ideal para evitar o risco de contágio seria saltar as celebrações, permanecer alerta, sem exceções.

Caso contrário, há recomendações importantes para garantir maior segurança.

Ter um Natal em segurança em casa este ano será praticamente impossível, pelo menos nos moldes tradicionais devido à pandemia.

Grandes reuniões à mesa estarão fora de questão e em Portugal o Governo já está a preparar medidas – vão ser anunciadas no próximo sábado, dia 5 de dezembro de 2020.

A maneira perfeita de evitar o risco de contágio (e uma terceira vaga de Covid-19) seria saltar a quadra sem as habituais celebrações, permanecer alerta, sem exceções e convívios extra-familiares, mantendo as restrições e o recolhimento.

Mas como este cenário ideal será difícil de garantir, partilhamos algumas recomendações sobre como ter um Natal em segurança em casa - se há visitas ou vais visitar.

Se houver necessidade de ir visitar um ente-querido, por exemplo, - imaginemos uma filha que irá visitar o pai de 70 anos que está sozinho e que já sofre de alguns problemas de saúde - é recomendável fazer uma espécie de auto-isolamento.

Permanecer as semanas anteriores isolado, sem contactar com ninguém, e antes de realizar a visita fazer um teste PCR para saber se está ou não positivo à Covid-19, garantindo assim, e mesmo com todos os riscos associados, uma visita o mais segura possível.

Depois, é claro, será necessário seguir todas as outras normas e cuidados recomendados pelas autoridades de saúde.

O exemplo é dado pelo jornal El País, mas com várias reticências, uma vez que não haverá nunca uma situação ideal. 

E a mensagem de quase todos os especialistas em saúde pública é unânime: deve procurar-se evitar jantares ou refeições com pessoas que não pertencem ao agregado familiar e restringi-las ao máximo. 

Quem quiser ver a família não deverá fazê-lo, infelizmente, em torno de uma mesa, mas ao ar livre. 

O primeiro-ministro António Costa, e apesar de não revelar pormenores sobre o que aí vem, já veio dizer que «quanto mais o Natal for à mesa, mais perigoso é porque não há máscara».

Quer isto dizer que, se não houver cuidados, tudo o resto são atalhos.

E claro, tal como refere o jornal espanhol, há sempre formas mais ou menos seguras de fazer as coisas, mas tudo depende das circunstâncias: regressar a casa depois de alguns dias de isolamento não é a mesma coisa que de uma vida social intensa, com ou sem realizar testes à Covid-19.

E mesmo assim os especialistas dividem-se no que a este tema diz respeito.

Isto porque fazer um teste e dar negativo pode dar a falsa esperança e ideia de que se está fora de perigo.

E não é caso para vacilar: há muitos falsos negativos e no intervalo de tempo entre exames (nem toda a gene recebe os resultados no mesmo dia) pode haver lugar a contágio.

Além disso, e durante o período de incubação, até cinco dias antes do aparecimento do vírus, estes testes não o detetam.

A maioria dos especialistas reconhece que um teste é melhor que nada se alguém planear voltar a casa sim ou sim, desde que as limitações estejam bem claras para todas e as precauções não sejam relaxadas, seguindo a regras: uso de máscara (pelo maior tempo possível), lavar as mãos mãos (frequentemente), manter a distância física, maximizar a ventilação e as atividades ao ar livre (manter janelas e portas abertas tanto quanto seja seguro e viável dependendo da temperatura), minimizar o número de contatos (de preferência sempre os mesmos) e ficar em casa se tiver sintomas, diagnóstico ou qualquer tipo de contacto.

Seria muito bom, até, que todas as pessoas limitassem as suas interaçõs sociais entre 10 a 14 dias antes de ver a famílias, mas nem toda a gente o pode fazer.

Outra limitação ao auto-isolamento, além do facto do emprego não o permitir, são as próprias crianças, que andam na escola.

«No Natal essas crianças vão estar em conctato com outras pessoas, de uma casa para outra, dos avós ou dos vizinhos porque os pais podem estar a trabalhar, e é preciso um cuidado especial no contato com pessoas vulneráveis», indica Andrea Burón, porta-voz da Sociedade Espanhola de Saúde Pública.

 

Por: Idealista