José Gusmão defendeu ontem a importância da habitação pública e de programas de “habitação primeiro” para resolver o problema grave e crescente das pessoas sem abrigo ou com casas em situação extremamente precária no Algarve. O candidato sublinhou também a importância de uma rede de lares, no caso das pessoas idosas que se encontram nessa situação.

O candidato do Bloco de Esquerda visitou ontem o Centro de Apoio ao Sem Abrigo (CASA), onde pôde confirmar a gravidade da situação e o impacto da pandemia, que aumentou dramaticamente o número de famílias que recorrem àquele apoio. Esse aumento coloca sob pressão aquela instituição que, apesar do aumento do número de voluntários, trabalha em instalações limitadas para o aumento das exigências. A prioridade para o Centro seria a de poder acrescentar a possibilidade de prestar serviços de lavandaria, para os quais não tem atualmente condições logísticas.

Para além das respostas que assentam num parque de habitação pública que faça baixar as rendas no mercado de arrendamento do Algarve, o segundo mais caro do país, e de uma rede de lares e serviços de apoio domiciliário a idosos que acabem com as enormes listas de espera que atualmente se verificam, José Gusmão sublinhou ainda a importância de mudar o modelo económico do Algarve, assente numa forte sazonalidade e na preponderância dos contratos a prazo que todos os invernos lançam milhares de pessoas no desemprego.