Portugal enfrenta, hoje em dia, um dos piores momentos da história com 81,9% do território em seca moderada e 17,9% em seca severa, de acordo com os dados revelados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Mas se o país enfrenta o terceiro ano mais seco de sempre, o Governo continua sem garantir os apoios prometidos aos agricultores.

“Como se não bastasse o prolongamento da seca, para a qual o Governo não apresentou medidas inovadoras, as anunciadas não foram executadas. Não há nenhum apoio no terreno. As medidas para criação e reforço de linhas de crédito, e até a possibilidade de adiantamento do pagamento das ajudas devido à seca, para abril e maio, surgem como propaganda, quando a orçamentação real dos apoios é de 3 milhões de euros, um valor irrisório face às necessidades identificadas”, referiu o deputado do PSD, Rui Cristina.

O Algarve é uma das regiões que mais está a sentir os efeitos da seca, com a Barragem da Bravura a registar apenas 14,9% da sua capacidade. Com o uso da água destinado unicamente ao consumo público, há 937 regantes impedidos de usar o sistema hidroagrícola do Alvor.

Perante este cenário, os parlamentares Luís Gomes, Rui Cristina e Ofélia Ramos exigem, da Ministra da Agricultura, a antecipação, já para 2022, das obras de minimização das perdas de água, anunciadas para 2023.

Os deputados do PSD eleitos pelo Algarve pedem ao Executivo para cumprir as promessas feitas de modo a não deixarem os agricultores sozinhos a enfrentar um conjunto de problemas que não têm fim à vista. Aos efeitos da seca, somam-se o aumento do preço dos cereais, fertilizantes e combustíveis.