No âmbito do projeto «Central Artes – Programação Cultural em Rede», Tavira acolhe, nos dias 23 e 24 de outubro, o workshop de construção de máscaras, assim como o teatro de rua «Passagem» pela companhia PIA - Projectos de Intervenção Artística CRL.

Realiza-se, ainda, no dia 26 de novembro, o workshop «Pinto-me dançando».

Nos dias 23 (18h00 - 20h00) e 24 (10h00 -12h00) decorre, no Mercado da Ribeira, o workshop de construção de máscaras dirigido a famílias. A ação, gratuita, terá um número limitado de 15 pessoas, devendo ser efetuada inscrição prévia, através do e-mail centralartes@eventoslab.com.

Neste mundo, o Homem criou formas mágicas, míticas, ritualistas e lúdicas, escondendo-se, durante a noite, atrás de disfarces a que chamou máscaras.

 Para a mais perfeita expressão, esse Homem aperfeiçoou os caracteres estéticos da máscara, individualizando a sua fabricação, estudando o seu impacto no grupo social a que pertencia, adaptando-as aos diversos aspetos das forças sobrenaturais e demoníacas que julgava descobrir e conhecer.

Deste modo, criou uma variada morfologia entre diversas culturas que se multiplicaram. O que é o Homem senão “múltiplas máscaras” com diferentes expressões...

Este workshop é dirigido por Pedro Domingues Leal, artista plástico e performer, que conta no seu currículo com diversas formações nacionais e internacionais, ligadas a este universo das formas animadas, assim como as diferentes técnicas de construção das máscaras de Nepal e de Bali.

A peça «Passagem» terá lugar, no dia 24, pelas 17h00, no Jardim da Igreja de São Francisco.

Uma performance que conta a história de "quatro velhos viajantes que caminham por entre um universo de objectos suspensos, onde através das memórias do passado, que lhes embrulharam a vida, encontram o início de uma nova jornada", contemplada por uma instalação sob forma de «Interferências poéticas, que exploram no lugar comum o que de nele melhor existe, a sua multiplicidade de sensações e sentidos, tornando-a única pelo meio que a envolve, emergindo-a do esquecimento e da rotina, transformando-a num efémero lugar de contemplação».

Trata-se de um projeto de arte pública, uma performance/instalação que surge com o intuito de valorizar a intervenção artística em espaço público e o transformar num verdadeiro palco privilegiado à poesia visual.

 Matizada pelo branco e vermelho, engloba uma performance de teatro físico em andas, recorrendo às formas animadas/máscara e uma Instalação criada, inteiramente, através da recolha e reutilização de objetos e desperdícios têxteis que aqui ganham uma nova forma e vida, mantendo guardadas, no entanto, as suas histórias.

A par destas iniciativas está, ainda, previsto para Tavira, no Mercado da Ribeira, no dia 26 de novembro, um novo workshop gratuito de cariz interdisciplinar intitulado

«Pinto-me dançando», sendo que a sessão, entre as 10h00 e as 12h00, destina-se ao público infantojuventil (25 crianças) e a sessão, entre as 16h00 e as 18h00, ao público adulto (15 pessoas).

O projeto «Central Artes – Programação Cultural em Rede”» é uma iniciativa conjunta de cinco municípios do Algarve Central (Loulé, Albufeira, Faro, Olhão e Tavira) no seguimento de uma candidatura realizada ao CRESC Algarve 2020 (Programa Operacional Regional do Algarve), instrumento financeiro, com fundos comunitários, que visa o apoio ao desenvolvimento do Algarve.

Este projeto intermunicipal prevê a implementação de um programa de oferta cultural em rede envolvendo os cinco municípios, durante dois anos (2020 e 2021), e explorando diversos quadrantes das artes performativas, com direção artística, conteúdos e produção a cargo das empresas Eventors’Lab e Spira – Revitalização Patrimonial, tendo a programação como mote a temática da «Cultura da Sustentabilidade».

Pretende-se com este projeto – e na linha do «Movimenta-te», ocorrido em 2011 e 2012, no Algarve, igualmente numa lógica de cooperação intermunicipal – fomentar e aprofundar práticas colaborativas entre os vários membros envolvidos, uma maior diversificação da oferta cultural, a pensar não só na população residente, mas também nos diversos segmentos ligados ao turismo cultural de modo inclusive a combater a sazonalidade e a consolidar gradualmente o Algarve como uma região turística de elevada notoriedade.

 

Por: CM Tavira