«STOP às Úlceras de Pressão» foi o mote da 2ª edição do Encontro Regional, organizado pelo Grupo Técnico de Feridas da ARS Algarve e pela Equipa de Coordenação Regional dos Cuidados Continuados Integrados do Algarve.
Esta segunda-feira, 21 de novembro, juntaram-se no Auditório da Biblioteca Municipal de Faro, cerca de uma centena de profissionais de saúde, estudantes e representantes de associações ligadas à prevenção e tratamento de feridas, com o objetivo de fomentar a partilha de conhecimentos e boas práticas do trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde da região nesta área, nomeadamente das equipas de cuidados continuados integrados, bem como destacar a importância e o papel da família no apoio para a boa recuperação do utente portador de úlcera de pressão.
 
No decorrer da sessão de abertura, que contou com a presença da enfermeira Manuela Almeida, do Grupo de Técnico das Feridas da ARS Algarve, da enfermeira Fernanda Faleiro, Coordenadora da Equipa de Coordenação Regional dos Cuidados Continuados Integrados do Algarve, da Autoridade de Saúde Regional, Ana Cristina Guerreiro, do Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Paulo Morgado, da Vereadora Teresa Santos, em representação da Câmara Municipal de Faro, foi destacada a importância da aposta na prevenção, na formação e na investigação para melhorarmos o tratamento das feridas e das úlceras de pressão.
 
Teresa Santos, em nome da autarquia de Faro, elogiou a importância deste tipo de encontros para fomentar a partilha de boas práticas em prol da melhoria da Saúde Pública de toda a comunidade. Por seu lado, Manuela Almeida salientou a importância da abordagem intersectorial e multidisciplinar dos profissionais de saúde na prevenção e tratamento de úlceras depressão. No mesmo âmbito, Fernanda Faleiro, traçou uma breve perspetiva do trabalho realizado pelas equipas de cuidados continuados integrados da região nesta área, sublinhando a importância da envolvência dos familiares neste processo.
 
Na sua intervenção, Ana Cristina Guerreiro, lembrando que as úlceras de pressão são um problema de Saúde Pública, enalteceu o trabalho desenvolvido desde 2010 pelo grupo técnico de feridas da ARS Algarve nesta matéria e realçou que é essencial continuar a apostar na capacidade de intervenção em termos de prevenção.
 
No mesmo sentido, Paulo Morgado referindo que “95% das úlceras de pressão são evitáveis”, defendeu que “é fundamental apostar no trabalho de sensibilização para a prevenção junto dos profissionais de saúde, dos doentes, dos familiares e dos cuidadores informais. Todos aqueles que contactam com o doente devem estar perfeitamente sensibilizados para este aspeto essencial, ou seja, a melhor forma é prevenir, é possível prevenir e tratar com aquilo que é o melhor conhecimento, evidência científica e instrumentos disponíveis para uma correta avaliação do risco”.
 
As úlceras de pressão em contexto domiciliário, bem como a importância da intervenção multidisciplinar na prevenção e tratamento no âmbito da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, o papel da família como pilar nos cuidados domiciliários e como cuidar da pessoa com elevado potencial de desenvolver úlceras de pressão, foram alguns dos temas abordados ao longo do dia pelos vários profissionais dos Cuidados de Saúde Primários, dos Cuidados Continuados Integrados e de outras unidades prestadoras de cuidados e associações ligadas à prevenção e tratamento de feridas.