Duarte Pacheco, ilustre louletano e um nome que é sinónimo de investimento público no País, dá nome a uma das duas escolas EB2,3 de Loulé que abriu portas no ano letivo de 1982/83, mas que viveu hoje mais um marco na sua história, a inauguração das obras de ampliação e requalificação.
Uma empreitada que vem dar resposta ao aumento da população escolar no concelho de Loulé nos últimos anos.
Numa área de 900 m2, a intervenção passou pela criação de sete novas salas de aula e requalificação de duas já existentes. Foi também criada uma nova cozinha pedagógica e sala de formação para os Cursos de Educação e Formação (CEF), que contribuirá para preparar os alunos para a entrada no mercado de trabalho. Uma “obra que traduz uma visão pedagógica, inclusiva, que olha para o espaço escolar como um ambiente de formação integral”, como destacou Carla Fernandes, delegada de Educação do Algarve.
Apesar da melhoria das condições para a comunidade escolar, segundo Carlos Fernandes, diretor deste estabelecimento de ensino e do Agrupamento de Escolas Engº Duarte Pacheco, “este momento não se encerra aqui” já que há necessidade de mais espaços, numa escola que conta com 880 alunos de 44 nacionalidades, onde lecionam 100 professores, contando com o apoio de 58 colaboradores, além da existência de uma sala de unidade multideficiência e da oferta formativa CEF, que trazem necessidades acrescidas.
“Vamos necessitar de manter aqui mais quatro monoblocos”, adiantou o diretor, que além de mais escolas, é da opinião que, em termos de gestão, justifica-se em Loulé um terceiro agrupamento de escolas, “para libertar os diretores e coordenadores”.
Também o presidente da junta de Freguesia, Analídio Ponte, acredita ser necessário mais equipamentos escolares nesta freguesia, depois desta inauguração e da abertura, no ano letivo passado, da Escola EB1/JI Hortas de Santo António 2.
“Esta ampliação reforça uma capacidade de resposta da escola, mas também a sua vocação para a inclusão, para a inovação e para a sustentabilidade. O novo espaço, moderno e funcional, reflete o que queremos para a Educação no Algarve: escolas abertas, inspiradoras e preparadas para o futuro”, reforçou a delegada de Educação do Algarve em relação a esta intervenção.
A obra teve um custo total que ascende a 1,5 milhões de euros, cofinanciada pelos Fundos Europeus, no âmbito do Programa Regional ALGARVE 2030.
A poucos dias de cessar funções, o autarca Vítor Aleixo lembrou as diferenças no panorama escolar da altura em que tomou posse, há doze anos, e os dias de hoje. “Nessa altura estávamos a fechar escolas porque havia uma quebra da população escolar e as instruções políticas ao nível governativo eram para reagrupar a população escolar. Havia escolas quase sem alunos”, recordou. Passada a crise, “a população escolar começou a crescer muito rapidamente e percebemos que teríamos que planear mais escolas”. Entre novas construções e algumas requalificações levadas a cabo nestes anos, o edil tem consciência de que continua a haver “um déficit considerável de salas de aula no concelho de Loulé”.
Por último, em resposta ao pedido público do presidente da Junta de São Sebastião para colocação de ar condicionado nos espaços escolares, Vítor Aleixo afirmou que a Câmara Municipal de Loulé constituiu um grupo de trabalho, que aprovou um caderno de encargos para contratação de uma empresa que faça um levantamento exaustivo de todas as salas de aula de todas as escolas do concelho para que haja conforto térmico garantido em todas elas. “A mudança do clima preocupa-nos muito. O aumento da temperatura, com semanas a fio de muito calor, interfere com a vida nas escolas. No inverno, quando faz frio, não se pode estar dentro de uma sala de aulas. Vamos, portanto, fazer esta obra para nos adaptarmos ao calor intenso. Vai ser uma empreitada de muitos milhões de euros, mas absolutamente prioritária”, disse ainda o autarca.