Imobiliário está em «recuperação, com indicadores a evoluírem favoravelmente de dia para dia»

10:32 - 26/07/2020 ECONOMIA
Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, analisa o mercado nacional no âmbito dos resultados semestrais da empresa.

O ano de 2020, nas palavras da CEO da Remax Portugal, «arrancou da melhor forma para o setor imobilário, contudo houve um abrandamento da atividade do mercado devido à pandemia, essencialmente notório na segunda quinzena de março e durante o mês de abril». Ainda assim, Beatriz Rubio diz não ter «dúvidas de que nos encontramos numa fase de recuperação, com os indicadores a evoluírem favoravelmente de dia para dia», dando nota de que «se maio e junho foram meses que alavancaram a atividade, desenhando uma linha de recuperação, julho revela-se já como um mês ainda mais promissor».

A análise da gestora é feita no âmbito a apresentação de resultados semestrais da Remax em Portugal.

 Em comunicado, a empresa informa que fechou o primeiro semestre com um volume de preços de cerca de 2,1 mil milhões de euros, relativos a 25.265 transações, registando-se uma «ligeira descida destes indicadores face ao período homólogo, contudo, em função dos resultados alcançados nos primeiros meses do ano, com crescimentos na ordem dos 15% e da recuperação em curso, registada já nos últimos dois meses, permitiram à rede atenuar as quebras da segunda metade de março e do mês de abril, início do contexto pandémico». 

Beatriz Rubio sublinha ainda que «o imobiliário, como tantos outros setores da nossa economia, vive uma fase de incerteza e alguma transformação.

 Das possíveis mudanças no tipo de imóveis mais procurados, à crescente importância da tecnologia no processo, temos vindo a adaptar-nos, antecipando a aposta nos canais online, através da implementação de um sistema integrado de visitas virtuais e vídeo visitas, que a par da formação contínua dos consultores, garantem maior conforto e segurança a quem quer comprar e a quem quer vender.»

Quem está a comprar e arrendar casa em Portugal?

Continuam a ser os portugueses quem mais estão a adquirir ou a arrendar casa (82,3%). Os investidores nacionais foram responsáveis por 82,3% das transações da Remax entre janeiro e junho, seguindo-se os brasileiros (5,6%), franceses (1,3%) e os chineses (1,2%). 

Os apartamentos, moradias e terrenos são os tipos de propriedade que a Remax diz mais ter comercializado na primeira metade do ano, representando 60,1%, 25,6% e 6,9%, respetivamente.

Já nos apartamentos as tipologias mais procuradas são as de três (46,8%) e quatro (33,9%) assoalhadas, T2 e T3, respetivamente, em linha com o histórico da rede, em que cerca de 80% das transações é constituída por T2 e T3.

Em termos de concelhos, de janeiro a junho, Lisboa lidera o top 10 com um total de 3.229 transações, ou seja 12,8% do total. 

Seguem-se os concelhos de Sintra (6,8%), Cascais (3,9%), Oeiras (3,4%), Almada (3,4%), Loures (2,7%), Amadora (2,5%), Vila Franca de Xira (2,4%), Odivelas (2,3%) e Vila Nova de Gaia (2,3%) – no total, os 10 concelhos portugueses que representam uma fatia de 42,5% dos imóveis transacionados pela rede na primeira metade do ano.

De salientar ainda os concelhos a norte, Porto (2,1%) e Braga (2%), 12ª e 13ª posições, respetivamente.

A rede Remax Portugal indica ainda que fechou o primeiro semestre de 2020 contabilizando 350 agências e 8.915 profissionais. 

Por: Idealista