O «Alojamento Local para Aves» é uma iniciativa que venceu o Orçamento Participativo Nacional de 2018 e que irá decorrer durante os próximos dois anos em toda a região do Algarve.

 É um projeto que já começou a ganhar asas no final do mês de Julho e que resulta de uma colaboração entre a Associação Vita Nativa e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.

Com esta iniciativa pretendemos não só ajudar as populações de aves desta região, mas também demonstrar e incutir nos cidadãos e nos diferentes agentes que gerem o território algarvio os benefícios que as espécies-alvo do projeto poderão aportar à sociedade e ao seu bem-estar.

Em que consiste?

 Ao longo dos próximos meses iremos instalar e monitorizar, de forma gratuitas, cerca de 2000 caixas-ninho para pequenas espécies de aves insectívoras, como os chapins e as poupas, e para espécies de rapina de pequena e média dimensão, como o mocho-galego, a coruja-das-torres e o peneireiro-vulgar.

 Estas são espécies que dependem, na sua maioria, de cavidades para construir os seus ninhos, sejam elas naturais ou de origem humana. Infelizmente, a disponibilidade de cavidades no Algarve tem diminuído, motivada tanto pela forte pressão urbanística, como pela alteração do uso dos solos e incêndios, que originam uma mudança drástica dos habitats.

Quais os objetivos que esperamos alcançar?

Com a instalação das caixas-ninho queremos sobretudo fomentar o interesse e proporcionar um contacto mais direto da sociedade em relação às aves.

 A par disto, ao disponibilizarmos locais de reprodução extra estaremos também a promover a fixação de um maior número e diversidade de aves em contexto urbano e periurbano.

As quais desempenham um papel fundamental no equilíbrio dos ecossistemas, já que se sabe que as espécies-alvo deste projeto são excelentes amigas no controlo de pragas biológicas, como é o exemplo da lagarta-do-pinheiro e das espécies de roedores.

Quem queremos envolver?

 Com este projeto queremos alcançar o máximo de cidadãos possível, e para isso, iremos envolver os diversos agentes algarvios, sejam eles públicos ou privados.

Para já, contactámos todas as 16 autarquias algarvias, e iremos ainda avançar com contactos a escolas, centros de ciência viva, e a empresas ligadas ao sector da agricultura, da silvicultura e da hotelaria.

Por: Vitamativa