Cinco epidemiologistas e peritos em saúde pública classificaram algumas atividades para a Reuters, indicando o mais e menos seguro de fazer no desconfinamento.

Com o levantamento gradual de restrições, as pessoas começam a sair mais à rua. Ir a um restaurante, fazer compras ou andar de transportes públicos, entre outras, voltaram a ser rotinas comuns do dia a dia, neste processo de desconfinamento, mas cada uma delas comporta diferentes riscos, num contexto de pandemia como o que continuamos a viver. Cinco especialistas avaliaram o que fazemos diariamente e deixaram um alerta: apesar de algumas atividades serem mais seguras do que outras, nunca devemos esquecer as medidas de etiqueta respiratória e o necessário distanciamento social, para evitar novos contágios de Covid-19.

Epidemiologistas e peritos em saúde pública, classificaram 11 atividades do dia a dia, como ir ao médico ou jantar fora, numa escala de um a cinco, em que um significa baixo risco, e cinco alto risco. O exercício foi feito para a Reuters, e detalhado pelo Público, e mostra que as “atividades de maior risco são aquelas que são feitas dentro de casa, com pouca ventilação, muitas pessoas durante longos períodos de tempo”. Mostramos-te, neste resumo em forma de guia, o risco associado a algumas delas.

Ir ao médico 

baixo risco (classificação média 2,1)

Segundo um dos especialistas, ir ao médico é, neste momento, uma das atividades mais seguras, uma vez que há muitos protocolos rigorosos a seguir, desde os acessos às salas de espera até às consultas.

Levar o filho a brincar com amigos

risco baixo a moderado (classificação média de 2,4)

“Se envolver crianças mais velhas que compreendem a importância do afastamento durante a Covid-19, o número de crianças for pequeno e o tipo de atividade não envolver contacto físico direto, é provável que seja um dois. Se envolver crianças pequenas, o nível de risco pode aumentar para um quatro ou cinco”, explica uma das especialistas citadas pelo Público.

Ir às compras

risco baixo a moderado (classificação média 2,5)

Se as pessoas entrarem e saírem do espaço sabendo exatamente o que procuram, e todos estiverem com máscara, esta é considerada uma atividade de nível 2.

Regresso ao trabalho

risco moderado (classificação média de 2,6)

Mais uma vez, alerta-se para a necessidade de os locais de trabalho funcionarem com horários alternados, evitando-se grandes ajuntamentos de pessoas, sendo igualmente importante respeitar a distância de segurança e definir regras de higiene e desinfeção apertadas.

Visitar um familiar idoso

risco moderado (classificação média 3,2)

Quem tiver contacto com um número restrito de pessoas, e não apresentar sintomas, pode visitar um familiar mais velho, de preferência ao ar livre, com máscara e cumprindo as regras de distanciamento.

Ir a um restaurante

risco moderado (classificação média de 3,4)

É menos arriscado comer no exterior do que no interior. Mas os níveis de risco, tal como explicam os especialistas, dependem ainda de com quem estamos – se a família, a quem se está exposto diariamente, ou se com contactos externos. Também conta a distância das mesas, quantas pessoas estão no restaurante e se os empregados e cozinheiros estão com máscara.

Deixar os filhos num campo de férias

risco alto (classificação média de 3,9)

As atividades habitualmente praticadas, desde caminhadas, refeições em grupo, beliches, são formas eficazes de propagação do vírus, daí que estas dinâmicas impliquem um maior risco.

Andar de transportes públicos

risco alto (classificação média: 4,1)

O ideal será utilizar luvas e máscara, evitando as carruagens muito cheias. Abrir as janelas dos autocarros são outro dos conselhos dos especialistas para quem tem mesmo de utilizar os transportes públicos para se deslocar, nomeadamente para ir para o trabalho.

 

Por: Idealista