A Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR apreendeu na terça-feira, em Olhão e em Quarteira, no distrito de Faro, 270 quilogramas de bivalves capturados em zona proibida ou colocados ilegalmente à venda, foi hoje anunciado.

Os bivalves foram apreendidos durante ações de “vigilância e patrulhamento da costa” destinadas à “preservação de espécies marinhas” e à “salvaguarda da fauna e flora na ilha de Culatra”, uma das ilhas barreira da Ria Formosa, pertencente ao concelho de Faro, mas sob jurisdição do Subdestacamento de Olhão da UCC, contextualizou a GNR em comunicado.

A mesma fonte esclareceu que, entre os 270 quilogramas de bivalves, estavam “224 quilogramas de conquilha capturada numa zona proibida”, que foi “apreendida imediatamente” pelos militares do Subdestacamento de Olhão da UCC da GNR.

“Na sequência da ação, foram identificados dois homens, de 46 e 48 anos, e elaborados os respetivos autos de contraordenação, com uma coima que pode ir até 37.500 euros”, precisou a GNR.

Os militares da UCC da GNR apreenderam ainda, em Quarteira, no concelho de Loulé, “17 quilogramas de conquilha, 13 de mexilhão, sete de ostra, cinco de ameijoa japónica e quatro de berbigão, por terem sido colocados no mercado de retalho, para venda a granel, sem terem passado por um centro de expedição”.

A força de segurança referiu também que procedeu à identificação de dois homens, de 30 e 32 anos, e ao levantamento do “respetivo auto de contraordenação, punível com coima até 25.000 euros”.

Por ainda “se encontrarem vivos”, os 46 quilogramas de bivalves apreendidos em Quarteira “foram devolvidos ao habitat natural”.

A GNR advertiu a população para os “graves problemas de saúde” que a ingestão de “bivalves contaminados pode causar”, devido à probabilidade de conterem substâncias tóxicas absorvidas durante a sua alimentação por filtração.

“As interdições de captura dos moluscos bivalves, equinodermes, tunicados e gastrópodes marinhos vivos aplicam-se ao público em geral, assim como aos mariscadores profissionais e amadores, independentemente do processo de captura”, alertou a GNR.

A mesma fonte referiu ainda que os “moluscos bivalves vivos só podem ser colocados no mercado para venda a retalho por intermédio dos centros de expedição, onde é aplicada uma marca de identificação”, depois de submetidos a um processo de depuração.

 

Por: Lusa