GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

Santos vem do latim sanctorum e existe uma variação do nome em países de predominância Católica.

Era costume dar o nome do santo que é celebrado no dia do nascimento. Daí o surgimento do nome Santo, sendo um tipo de abreviação para “Todos os Santos”. Muitos do apelido Santos podem ter o patronímico derivado do nome próprio Santo.

Autores Espanhóis atribuem a origem do apelido a Miguel de los Santos Fournier (padeiro em Francês), capitão de granadeiros de Puebla de los Angeles e que foi casado com Magdalena Roca de Togores. Esta linhagem, os Roca de Togores, era inicialmente originaria de Mallorca, mas estabeleceu-se em Orihuela desde que esta cidade foi tomada (1266) aos Mudéjars .

Um dos membros desta familia, Bartolomé Santos, ocupou o cargo de Familiar do Santo Oficio (Inquisição) do Reino de Granada. Bartolomé ficou célebre pelo zelo que pôs no desempenho da sua missão - a implacável guerra de perseguição a Judeus, herejes e blasfemos, assim como à feitiçaria.

O apelido aparenta ser relativamente recente, dado que tanto Felgueiras Gaio (1678) como o Armorial Lusitano (1961) e também as Actas de Vereação de Loulé (1384-1525) não se lhe referem. Apesar do brasão (fig.) ser diferente do de Espanha, é possível que as primeiras famílias a usar Santos, como sobrenome em Portugal, fossem de imigrantes vindos da Andaluzia.

O mais antigo encontrado nos registos paroquiais do Algarve foi João Dias Santos, residente em Moncarapacho e que casou por volta de 1565 com Leonor Dias.

Branca dos Santos casou em Loulé, em 1588, com Francisco Neto Raposo (filho de Francisco Rodrigues Neto e de Oriana Jorge) e voltou a casar em 1599 com Manuel de Aragão de Sousa (filho de João da Costa de Taíde e de Mécia de Sousa). Branca, ¾ Cristã Nova, foi filha de Francisco Lopes e de Isabel Pinta, os quais terão casado antes de 1560, data limite dos registos paroquiais da freguesia de S. Clemente. Francisco Lopes voltou a casar em 1572 com Maria Nunes…