A presidente do Centro Hospitalar do Algarve manifestou-se hoje contra a forma como foi feita a fusão de hospitais num único centro hospitalar e reconheceu a falta de pessoal médico.

Na comissão parlamentar de Saúde, Ana Paula Gonçalves disse aos deputados que a “integração das unidades do Algarve” num único centro hospitalar “não contribuiu em nada para a melhoria da eficiência”.

A responsável considera que, no caso algarvio, a fusão num centro hospitalar foi feita “sem estudo, com os pés”, aludindo à dispersão geográficas das unidades, como Portimão e Faro e ao “gigantismo da organização”, que torna a gestão “difícil e penosa”.

Ana Paula Gonçalves indicou também que a fusão teve como consequência “a saída de alguns profissionais que não se reviram no modelo” do Centro Hospitalar.

Quanto aos recursos humanos, a administradora admitiu que faltam profissionais e exemplificou que o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve tem 400 médicos especialistas, enquanto os três centros hospitalares de Lisboa têm 3.000 médicos.

O conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve está hoje a ser ouvido, a pedido do PSD, “a propósito dos atrasos verificados na realização de exames para doentes oncológicos” e sobre a “suspensão das cirurgias programadas dos Hospitais de Faro e Portimão”.

 

Por: Lusa