«Defender o ambiente é muito mais que um slogan» afirma Cristóvão Norte Foi notícia, nos últimos dias, o naufrágio de uma draga na barra Faro – Olhão, a segunda no espaço 18 meses na Ria Formosa e que, segundo o que foi possível apurar, se encontrava a fazer trabalhos para a Polis Ria Formosa.

Ora, verifica-se que ambas as dragas têm o mesmo proprietário e que, não obstante em Janeiro de 2018, a Capitania de Olhão ter imposto um prazo de 48 a 96 para a remoção da mesma, tal ainda não teve lugar, encontrando-se partida em dois e albergando até 12000 litros de combustível, informação que carece de comprovação.

Inclusivamente, há relatos de residentes e pescadores que à época assinalaram o cheiro a gasóleo e registaram um aumento de mortandade e contaminação dos peixes.

Importa garantir que ambas as dragas são localizadas e removidas, de modo a atenuar os impactos ambientais que obviamente se registam em ocasiões desta natureza, cuidando do património público e assegurando o cumprimento das regras de segurança e a salvaguarda deste parque ambiental.

Nesse sentido, os deputados Cristóvão Norte e José Carlos Barros, em nome do PSD, vão solicitar ao Ministério do Mar e Ambiente, os seguintes esclarecimentos:

- Solicitar à DocaPesca e à Sociedade Polis Litoral esclarecimento sobre se as regras de segurança são cumpridas nos concursos ou ajustes diretos que fazem de modo a que estas situações não se repitam;

- Solicitar à Capitania de Olhão registo das diligências feitas para remoção da draga da barra da Armona e qual a solução a dar ao problema;

- Abertura de processo de inquérito para apuramento de responsabilidade, com as consequências previstas;

A draga está numa zona muito fustigada pelas correntes e próximo de um batimétrica que baixa logo aos 50m à bica da barra. Se não houver intervenção nos próximos 7 dias as probabilidades de resgate baixam drasticamente.

 

Por: Cristóvão Norte