GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

Colaço é apelido (fig. brasão) que vem do latim collacteus e significa irmão de leite, “aquele que não sendo irmão de outro foi amamentado pela mesma mulher”.

Fernão Colaço de Portel é o mais antigo encontrado. Do tempo de D. Afonso III (1246-79), foi sogro de Vasco Vicente Soares casado e falecido em Leiria…

Outro do apelido foi João Álvares de Pina, nascido em 1357 e colaço de D. João I. As armas atribuídas em 1473 a João Álvares Colaço, referido mais abaixo, são idêntico ás dos Pina… Seria João Álvares de Pina o pai de Afonso Colaço e o ancestral do apelido?

O fidalgo Afonso Colaço, do tempo D. Fernando (1367-83), seria segundo o Armorial Lusitano (1961), avô de João Álvares Colaço. A datação não o permite, mas podia ser seu tetravô e o pai da desconhecida mulher de Diogo de Aguiar…

Diogo de Aguiar foi pai de Pedro Afonso de Aguiar, o qual viveu no tempo de D. Duarte (1433-38) e de D. Afonso V (1448-81). Casou com Mécia de Sequeira (filha de Fernão Anes Torres e de Violante Álvares de Sequeira, tutores de D. Isabel, Rainha de D. Afonso V).

Diogo Afonso de Aguiar foi filho de Pedro e de Mécia de Sequeira e casou com Catarina Rodrigues de Sá (filha de Rodrigo Anes de Sá e de Constança Rodrigues).

Maria de Aguiar, natural da Ilha da Madeira, foi filha de Diogo e de Catarina Rodrigues de Sá. Casou em Setúbal com Álvaro Anes de Pendes, vindo (1433) no séquito de D. Leonor de Aragão, Rainha de D. Duarte. Maria e Álvaro tiveram, entre outros, João Álvares Colaço que casou em Sintra com Ana de Gois (filha de Pedro Anes de Gois e de Maria Nunes). Militou em África e recebeu armas novas (1473) dadas por D. Afonso V.

De João e de Ana de Gois nasceu, entre outros, João Colaço de Gois casado com Maria de Torres e com geração. Serviu em África e foi morto pelos Mouros.

Sem ligação com os anteriores, as Actas de Vereação de Loulé referem Álvaro Vaaz Collaço como “homem boom” (1487); Rui Gomez Colaço como sacador (1493-94); e Fernando Vasquez Colaço como “codrilheiro” da rua de Sam Domingos (1494)…