A associação de municípios Terras do Infante repudiou «veementemente» ontem o eventual encerramento de postos de correios em localidades de dois dos três municípios que a compõem, em Vila do Bispo e Lagos, distrito de Faro.

A posição adotada pela associação - que integra os municípios de Lagos, Vila do Bispo e Aljezur – critica o encerramento dos postos de correios dos CTT de Sagres (Vila do Bispo) e Praia da Luz (Lagos) e foi hoje anunciada num comunicado assinado pela presidente da Câmara de Lagos, Maria Joaquina Matos, que exerce também a presidência do conselho diretivo da Terras do Infante.

“A Associação de Municípios Terras do Infante vem manifestar publicamente o seu mais veemente repudio pelo eventual encerramento dos postos de correios de Sagres, Praia da Luz ou de outras localidades desta sub-região”, posicionou-se a Terras do Infante, que agrupa os três municípios mais ocidentais do Algarve.

A mesma fonte considerou que a decisão da administração da empresa CTT de encerrar estas estações de correios foi tomada “ao arrepio dos interesses das populações em causa” e afeta serviços considerados importantes para a população em geral, mas sobretudo para a “mais envelhecida, bem como para todos os turistas e comunidade estrangeira residente” nessas zonas.

A Terras do Infante adiantou que irá “exigir” à administração dos CTT que não encerre estes postos de correios, numa reunião que a associação de municípios já solicitou à empresa “com caráter de urgência”.

“Constata-se assim que a privatização dos Correios a 100%, por parte do anterior Governo PSD/CDS, se tratou de um erro crasso que vem agora pôr em causa a coesão social”, lamentou a presidente em exercício da Terras do Infante.

Maria Joaquina Matos defendeu que o Governo atual também tem “a obrigação moral e política de interferir no sentido da defesa de um direito e serviço universal às populações”, apesar de os CTT serem uma empresa privada.

O Governo pode, segundo a autarca de Lagos, intermediar com a empresa para a sensibilizar a “manter abertos estes serviços” e irá também ser confrontado com o “desconforto” que estes municípios sentem pelas decisões de encerramento de estações e postos de correios anunciadas pela empresa.

“Na nossa esfera de competência, influência e decisão, tudo faremos para evitar os encerramentos anunciados. Esta é a garantia que deixamos às nossas populações, na defesa do interesse público”, garantiu a presidente da associação de municípios.

 

Por: Lusa