Acerca do apelido Borrego (fig. brasão) Gerónimo de Villa, rei de armas de D. Filipe IV (1621-65) de Espanha e III de Portugal (1621-40), no seu manuscrito intitulado “Solares Nobles”, escreve: “São naturais do Reino de Galiza, descendem da linhagem antiga e nobre de Cándido Gregório Borrego e Martín Borrego irmãos que se acharam ao serviço de D. Afonso XI (1312-50), Rei de Castela, na batalha do Salado (1340)”. Nesta batalha que resultou na derrota dos Nasridas de Granada e dos seus aliados Merinidas do Magreb, foi cognominado como “o Bravo”, D. Afonso IV (1325-57) Rei de Portugal e sogro do Rei Castelhano…
Os irmãos Borrego fixaram-se então na cidade de Xerez de los Caualleros e daí se expandiram para a cidade de Antequera e para outras partes da Andaluzia, onde o apelido é mais frequente.
O mais antigo que se conhece em Portugal, Afonso Dias “Borreco” viveu no século XV no Sardoal, Abrantes e foi casado com Isabel Dias (Armorial Lusitano, 1987).
Outro antigo e possível filho dos anteriores, dado o patronímico Afonso, foi Pedro Afonso “Boego”, nomeado como “almutacee moor” de Loulé, durante o mês de Setembro de 1403 (Actas de Vereação de Loulé).
Em Querença viveu Catarina Borrega, casada com Bartolomeu Pincho por volta de 1600. Eram falecidos em 1626 quando do casamento de seu filho Francisco Pincho com Leonor Martins.
Manuel Rodrigues Borrego foi casado (1709) com Isabel Cabrita e posteriormente (1723) com Maria Pincha. Manuel foi filho de António Rodrigues e de Maria da Assumpção (casados em 1657), neto paterno de Gaspar Rodrigues Veiga (nascido em 1588) e de Domingas Rodrigues e bisneto paterno de Luís da Veiga e de “Míssia” Álvares, todos de Boliqueime.
Do segundo casamento (1723) de Manuel Rodrigues Borrego (filho de Manuel Rodrigues e de Maria da “Sumpsam” Pincha) com Margarida Pincha (filha de Francisco de Sousa e de Margarida Pincha), nasceu Inês Maria dos Serafins, terceira esposa do entalhador e santeiro João da Costa Amado (Voz de Loulé, nº 1837) com quem casou em 1767.
