São sobretudo os cidadãos estrangeiros, principalmente de nacionalidade brasileira, a fazer este tipo de ofertas, escreve o jornal i. “São pessoas que não têm IRS para apresentar, o que, para muitos senhorios, serve de garantia para poderem avaliar a capacidade financeira do potencial inquilino, e como têm dinheiro em carteira, optam por pagar a pronto durante um ano porque assim conseguem garantir o imóvel”, contou à referida publicação uma agente imobiliária. “Caso contrário, corriam o risco de não conseguirem arrendar porque a concorrência para ficar com aquela casa é grande”, acrescentou.
“Salve-se quem puder” parece ser o novo lema do mercado do arrendamento. Há cada vez mais pessoas a “jogar este trunfo” quando confrontadas com a possibilidade de não conseguirem ficar com o imóvel. “Estamos perante um crime de especulação porque os senhorios só podem receber até cinco rendas adiantadas: três correspondentes a rendas e mais duas referentes a caução”, disse António Frias Marques. “O mercado está seco”, sublinhou.
Para Menezes Leitão, presidente da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), estamos a assistir a uma “grande retração” no mercado de arrendamento, que vai conduzir a novos aumentos de preços, um problema “sem solução à vista”, já que continuam a faltar casas para arrendar.
Por: Idealista