Mais de duas centenas de profissionais de saúde e do setor social participaram na sexta-feira, 17 de novembro, no Encontro Regional dos Cuidados Continuados Integrados do Algarve, promovido pela ARS Algarve,no auditório do Convento do Espírito Santo em Loulé ...

... com o objetivo de fomentar a partilha de boas práticas no âmbito da implementação do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020 e criar espaços de debate para, em sintonia com as diversas estruturas da rede, contribuir para melhorar a qualidade dos cuidados continuados integrados do Algarve e manter o espírito de equipa e parceria que tem assumido, ao longo dos últimos anos, um papel fundamental para o reforço destes cuidados na região.

Subordinado ao tema: «RNCCI do Algarve – Cuidar em Segurança», a iniciativa contou com a presença do Dr. Júlio de Sousa, Diretor municipal, em representação do Presidente da Câmara Municipal de Loulé, da Coordenadora Regional dos Cuidados Continuados Integrados do Algarve, Dra. Fernanda Faleiro, da Diretora do Centro Distrital de Faro do Instituto de Segurança Social, Dra. Margarida Flores, do Coordenador Nacional para a Reforma do Serviço Nacional de Saúde na área dos Cuidados Continuados Integrados, o Professor Manuel Lopes, do Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Dr. Paulo Morgado, e com a participação de profissionais de saúde e do setor social de todo o País.

Na sua intervenção na sessão de abertura, o Presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Dr. Paulo Morgado, enalteceu o trabalho desenvolvido na Região, elogiando o papel fundamental de todos os profissionais de saúde da Região que integram as diversas equipas multidisciplinares dos cuidados continuados integrados, quer nas unidades de internamento quer no apoio domiciliário, que têm contribuído para os excelentes resultados alcançados no reforço deste tipo de apoio e cuidados prestados à população. «Nós no Algarve temos a melhor cobertura nacional, o que representa um enorme motivo de honra para todos nós que, ao longo dos últimos anos, soubemos criar este tipo de respostas no Algarve», destacou.

Realçando a importância da ligação à Universidade do Algarve para promover o conhecimento e a investigação, a terminar o Presidente da ARS Algarve deixou um desafio a todos os presentes: «Queremos lançar no futuro, se possível já em 2018, projetos inovadores com ideias novas para melhorar as questões da segurança do doente, as questões da medicação. É o desafio que lanço a uma Rede que está madura que tem profissionais de excelência que querem aprender mais, trabalhar melhor, prestar um melhor serviço aos nossos utentes. Este é um trabalho de equipa que só pode ser conseguido em conjunto, numa constante partilha de conhecimentos, envolvendo a Saúde, a Segurança Social, a Universidade, as autarquias, as IPSSs e todos os parceiros da socidade civil».

No mesmo âmbito, a Diretora do Centro Distrital de Faro da Segurança Social, Dra. Margarida Flores, congratulou o trabalho realizado por todos os profissionais das diversas Equipas e Unidades da Rede de Cuidados Continuados Integrados do Algarve, defendendo o papel essencial que este tipo de encontros assumem ao fortalecer o diálogo e a articulação entre a Saúde e a Segurança Social, para, juntos, revigorarmos esta parceria fundamental para o sucesso da RNCCI.

Por seu lado, o Coordenador Nacional para a Reforma do Serviço Nacional de Saúde na área dos Cuidados Continuados Integrados, Professor Manuel Lopes, destacou que «o Algarve é a região do país que tem a maior taxa de cobertura do ponto de vista quantitativo», e que, por isso mesmo lançou o desafio à ECRCCI do Algarve para testar novos modelos de organização entre unidades, entre serviços, no sentido de irmos muito mais além. Esta apresentação de boas práticas nestes encontros é o caminho certo com vista a criar uma melhor relação entre os diferentes níveis de cuidados. Entre o Hospital e a Rede, entre os Cuidados de Saúde Primários e a Rede, e entre Rede e as respostas sociais. Este é o desafio que agora temos de trabalhar para melhorar esse fluxo, para que, dessa forma, possamos responder a mais pessoas, com mais qualidade e no momento certo.»

No decorrer do encontro o Coordenador Nacional para a Reforma do Serviço Nacional de Saúde na área dos Cuidados Continuados Integrados, fez uma comunicação subordinada ao tema «Novas Abrangências da RNCCI» e os dois elementos da Equipa de Apoio à Coordenação Nacional dos Cuidados Continuados Integrados, o Dr. Miguel Narigão, falou sobre os «Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental» e a Dra. Carla Pereira abordou o tema da «Funcionalidade na RNCCI».

A importância da segurança na medicação foi outro dos temas em debate, com intervenções do Dr. Renato Santos, Médico da ECRCCI e da Dra. Carminda Martins, Farmacêutica do Centro Hospitalar Universitário do Algarve EPE, relacionadas com a «Qualificação Terapêutica – Benzodiazepinas» e a «Farmacoterapia no idoso», respetivamente.

Ao longo do dia foram ainda abordados temas como o Regresso ao Domicilio, com comunicações da Dra. Sónia Pimpão da Equipa de Gestão de Altas do CHUA (Faro) e da Dra. Conceição Simões, elemento representante do Centro Distrital de Faro do Instituto de Segurança Social na ECRCCI e a «Sobrecarga do Cuidador Informal em ECCI», com os resultados de um estudo realizado pelas Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) do ACES Sotavento, o qual foi apresentado pelo Enfermeiro Marco Sousa, coordenador da Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) Santo António d`Arenilha e o Enfermeiro João Gil, da UCC Talabriga. A experiência da ECCI piloto de Évora «ECCI 24 Évora», foi apresentada pela Coordenadora, Enfermeira Ana Carla Coelho, a qual partilhou alguns dos desafios que se colocam às Equipas Domiciliárias.

O Encontro terminou com uma mesa sobre a implementação do Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2015-2020, com intervenções das Unidades de Internamento do Algarve, de acordo com os Objetivos Estratégicos nº 6, 7 e 9, nomeadamente, «Prevenir a ocorrência de quedas»; «Prevenir a ocorrência de úlceras de Pressão» e «Prevenir e controlar as Infeções e resistência aos Antimicrobianos».

 

Por: ARS Algarve